quarta-feira, 17 de novembro de 2021

Apesar do Habeas Corpus concedido, irmão de ex-governador da Paraíba continuará preso

Calvário Calvário: Coriolano Coutinho tem habeas corpus concedido pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ), mas seguirá na prisão

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A sexta turma do Superior Tribunal de Justiça (STJ) concedeu, na última terça-feira (16), habeas corpus a Coriolano Coutinho, irmão do ex-governador Ricardo Coutinho, preso preventivamente no âmbito da Operação Calvário. A decisão permite que o investigado tenha a prisão substituída por outras medidas cautelares. Ele, no entanto, seguirá preso em razão de um segundo mandado de prisão preventiva no decorrer do processo.

No HC apresentado ao STJ, a defesa alegava que, em razão da pandemia da Covid-19, os demais acusados na Operação Calvário tiveram a prisão preventiva substituída por outras medidas cautelares, enquanto Coutinho é o único preso, sem que tenha sido apontada justificativa para a medida.

No julgamento, a relatora do processo, Laurita Vaz, votou contra a concessão do HC, alegando o reiterado descumprimento das medidas cautelares impostas a Coriolano Coutinho. Ela também mencionou os crimes praticados no âmbito da Operação Calvário, com graves prejuízos ao erário público. O voto dela foi acompanhado pelo ministro Rogério Schietti.

Já o ministro Sebastião Reis Júnior votou pela concessão do Habeas Corpus, divergindo da relatora. Ele lembrou que, apesar de supostamente graves, os crimes praticados não contém violência e a prisão preventiva já dura mais de um ano sem que a instrução processual tenha sido iniciada. O voto dele foi acompanhado pelo ministro Olindo Menezes.

Houve empate no julgamento, com a ausência justificada do Ministro Antonio Saldanha Palheiro. Ao conceder o HC, os ministros seguiram o artigo 664 do CCP: “Havendo empate, se o presidente não tiver tomado parte na votação, proferirá voto de desempate; no caso contrário, prevalecerá a decisão mais favorável ao paciente”.

Continua preso

Apesar da decisão, Coriolano seguirá preso, em razão de um segundo mandado de prisão preventiva, efetuado em fevereiro deste ano,  durante as 11ª e 12ª fases da Operação Calvário, quando a investigação passou a se concentrar em contratos para aquisição de material didático (livros) por parte das Secretarias de Educação do Estado.

O irmão do ex-governador Ricardo Coutinho é acusado de integrar organização criminosa com o objetivo de desviar recursos estaduais das áreas da saúde e da educação. O esquema teria desviado cerca de R$ 134 milhões dos cofres públicos.

Polêmica Paraíba 

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