quinta-feira, 9 de setembro de 2021

PF e CGU investiga desvio de recursos em cidades da Paraíba

OPERAÇÃO SELECT: Polícia Federal e Controladoria Geral da União cumpre 28 mandados para investigar desvio de recursos destinados à Covid-19 em prefeituras paraibanas  

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A Polícia Federal e a Controladoria Geral da União (CGU) deflagraram uma operação na manhã desta quinta-feira (08) contra o desvio de recursos destinados para combater à Covid-19.

De acordo com as primeiras informações recebidas pelo site Polêmica Paraíba, procederam ao cumprimento de 28 (vinte e oito) mandados de busca e apreensão nas cidades de João Pessoa/PB, Santa Rita/PB, Caldas Brandão/PB, Mamanguape/PB, Cuité de Mamanguape/PB, Alhandra/PB, Lagoa de Dentro/ PB, Serra da Raiz/PB e Lagoa/PB, tendo os mesmos sido expedidos pela 16ª Vara Federal de João Pessoa, 12ª Vara Federal de Guarabira/PB e 8ª Vara Federal de Patos/PB, com pareceres favoráveis da Procuradoria da República.

O cumprimento de mandados em órgãos públicos e empresas contaram com a participação de servidores da Controladoria Geral da União.

As investigações têm como objetivo apurar a compra das prefeituras de Caldas Brandão/PB, Mamanguape/PB, Cuité de Mamanguape/PB, Alhandra/PB, Lagoa de Dentro/ PB, Serra da Raiz/PB e Lagoa/PB, nos anos de 2020 e/ou 2021, de Kits de testes rápidos para detecção da Covid-19 com sobrepreço potencial, através de procedimentos de dispensas de licitação, em tese fraudados.

Segundo nota técnica elaborada pela Controladoria Geral da União, uma empresa que não era do ramo de insumos médicos até data próxima ao início da pandemia firmou contratos com diversas prefeituras da Paraíba para fornecimento de testes rápidos para detecção da Covid-19 com sobrepreço no valor devido de até 89% do valor contratado, causando prejuízos ao erário de aproximadamente R$ 2.884.860,50. Os recursos para compra desses testes são oriundos do Sistema Único de Saúde- SUS, para o enfrentamento da Covid-19.

A empresa investigada aparece como uma das maiores credoras de municípios paraibanos no ano de 2021 na condição de fornecedora de insumos médicos, embora desempenhasse sua atividade principal em ramo totalmente diverso deste até o início da pandemia.

Os investigados responderão pelos crimes previstos nos artigos 89, 90 e 96 da Lei nº 8.666/93 (visto que cometidos antes do advento da lei 14.133/21), artigos 317 e 333 do Código Penal Brasileiro, além de outros que venham a ser descobertos no bojo da investigação.

Foi anunciada uma entrevista coletiva que seria concedida às 11:30 de ontem no Auditório da Superintendência da Polícia Federal, em João Pessoa.

Polêmica Paraíba - Publicado por: Suedna Lira

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