sexta-feira, 20 de agosto de 2021

Deputado é acusado de tomar banho com sangue de bode misturado com sangue de guiné para se virar no cão

Branco Mendes é acusado de ser o cão puro por vereador que diz que colega de Câmara é perigoso:  “Eu só venho sem carteira” VEJA VÍDEO 

O vereador Jeremias Nascimento, do município de Alhandra, região metropolitana de João Pessoa, disse na última quarta-feira (18), que o deputado Branco Mendes tomou banho com 20 litros de sangue de bode misturado com sangue de guiné perto de um pé de jurema. Isso, segundo o vereador, aconteceu quando Branco era colega dele na Câmara Municipal.

– Ele é o cão puro, odeia evangélicos -, dedurou o vereador, que na Câmara Municipal integra a bancada do prefeito Marcelo Rodrigues, adversário do deputado.

Nesse tempo, conta o vereador, Branco Mendes fazia dobradinha com o vereador João Ferreira, do Democratas, conhecido popularmente como 'João Sufoco'.

Sobre o vereador João Ferreira, Jeremias disse o seguinte:

“O diabo, que aqui está bem representado por João Ferreira, veio para matar e destruir. A vida dele sabe onde é? No terreiro de Mãe Aruanda, em Timbaúba. Eu aconselho que ele procure a cartomante do amor, Mãe Delamare. De lá, ele procure o terreiro de Pai Baêta, lá na Ilha do Bispo para tirar esse encosto amaldiçoado que ele tem na vida dele. Por fim, procure o templo maior da Igreja Universal do Reino de Deus, na sessão do descarrego”, ironizou Jeremias na tribuna.

Em plena sessão e na tribuna da Câmara Municipal, Jeremias chamou o colega de mau caráter e acrescentou que ele deveria estar preso. “Vossa excelência nunca prestou. Era para estar no Presídio do Róger ou no de Segurança Máxima”.

Em um discurso inflamado, Jeremias chegou a acusar João de ser “perigoso”. “Eu só venho sem carteira”, insinuando que o colega poderia roubá-lo. Mais adiante se queixou de que 'Sufoco' estaria agindo para criar uma divergência entre ele e o prefeito de Alhandra, Marcelo Rodrigues (MDB). “Ele quer me jogar contra a gestão. Não vai conseguir”, avisou.

Mas, o ponto mais crítico do discurso foi quando Jeremias disse que João fazia parte de uma organização criminosa que teria atuado na gestão do ex-prefeito Renato Mendes (DEM) a quem chamou de “mão nervosa” e “vagabundo”. “Eu fiquei ao lado dele para ressocializá-lo. Para tirá-lo do mundo do crime. Eu queria ressocializar um marginal, mas percebi que ele era irrecuperável. Em 2017 eu saí de perto dos Mendes. Tive uma atitude de coragem”. Ainda no discurso, prometeu abrir uma CPI para apurar supostas irregularidades cometidas por João durante a gestão de Renato.

Repercussão 

A Federação Paraibana de Umbanda, Candomblé e Jurema emitiu uma nota de repúdio ao comportamento do vereador Jeremias por ter associado a prática das religiões de matriz africana ao demônio. O texto aponta que o parlamentar incita, com isso, a intolerância religiosa, que é crime.

O Fórum Diversidade Religiosa – Paraíba em ação conjunta com a Comissão de Direito e Liberdade Religiosa da OAB-PB (COLIRE) , da Associação Religiosa Sobô Nirê Mafá (Instituto Malunguinho É Rei) e do Instituto de Defesa dos Direitos das Religiões Afro-brasileiras (IDAFRO) decidiram instalar uma comissdão para representar criminalmente o vereador. A decisão se deu depois de receberem a denúncia das comunidades Juremeiras da cidade de Alhandra. Nesta quinta-feira, 19, a comissão foi até a Delegacia da Polícia Cívil de Alhandra e apresentou a representação criminal contra Jeremias à delegada Iumara Gomes.

A comissão é composta por Franklin Smith (IDAFRO); Tarcísio Feitosa (COLIRE); José Pereira (Instituto Malunguinho É Rei); e Saulo Gimenez (Fórum Diversidade Religiosa – Paraíba )

Assista: 

Fonte: ParlamentoPB e  Polêmica Paraíba com Tião Gomes - Publicado por: Suedna Lira

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