Rio - Policiais civis que comandaram a operação 'Dia dos Namorados', que resultou na captura e morte de Wellington da Silva Braga, o Ecko,
afirmaram neste sábado, durante entrevista coletiva na Cidade da
Polícia, que o miliciano tentou retirar a arma de uma policial feminina
enquanto era socorrido pelos agentes dentro de uma van. Ecko foi
encontrado na casa da família, em Três Pontes, e tentou fugir do cerco
policial, e chegou a apontar um fuzil AK-47 contra os policiais. O
primeiro disparo contra o paramilitar aconteceu ainda dentro do imóvel.
Em seguida, ele tentou retornar para casa e sair
pela porta da frente, mas foi surpreendido pelos agentes da Delegacia de
Repressão aos Crimes contra Propriedade Imaterial (DRCPIM). O miliciano
apontou a arma para os policiais e antes que atirasse, foi baleado.
A
polícia, então, levou Ecko até uma van, onde ele seria encaminhado até o
helicóptero da corporação, que estava aguardando num campo de futebol
para levá-lo ao Hospital Municipal Miguel Couto, na Gávea. No trajeto,
o miliciano tentou pegar a arma de uma policial da DRCPIM e foi baleado,
pela segunda vez, por um tiro de pistola.
"O Ecko foi alvejado
por dois disparos. No momento inicial ele fugiu por trás e foi alvejado
por um tiro. No trajeto da van ele tentou retirar a arma de uma policial
feminina e foi efetuado um outro disparo", explicou Thiago Neves,
delegado da Subsecretaria de Inteligência da Polícia Civil durante
entrevista coletiva neste sábado.
Policiais de cinco delegacias estavam monitorando Ecko há três semanas. Dados de inteligência apontaram
que ele ia para a casa da família cerca de três ou quatro vezes por
semana. A data do Dia dos Namorados foi escolhida para a operação pela
certeza de que ele estaria no imóvel, para ficar com esposa e filhos.
"Escolhemos
essa data porque ele estaria com a namorada. Estávamos de prontidão há
três dias, e assim que vimos que ele estava presente, ele foi preso.
Diversas unidades trabalharam nessa operação. Com o cerco efetuado na
residência, o miliciano tentou de alguma forma fugir e a fuga foi
impedida. Ele acabou sendo baleado", disse o subsecretário operacional
da Polícia Civil, Rodrigo Oliveira.
De acordo com a polícia, Ecko
era um criminoso com diversos informantes, inclusive policiais. No
momento da abordagem, ele estava sem seguranças por ser um imóvel da
família. A operação era tratada como sigilosa até mesmo dentro da
Polícia Civil, para evitar que fosse vazada e ele conseguisse escapar.
"Só 21 policiais participaram da ação, com o apoio de dois helicópteros. Efetivo reduzido, para eliminar o risco de fuga do local. O cerco planejado com equipe entrando pela parte de trás e pela frente", afirmou o diretor do Departamento Geral de Polícia Especializada, Felipe Curi.
Delegados que participaram da operação chegando na Cidade da Polícia, no Jacaré, Zona Norte do Rio - Reginaldo Pimenta / Agencia O Dia |
Fonte: O Dia
Nenhum comentário:
Postar um comentário