Saiba o significado e por que a Igreja Católica comemora o Domingo de Ramos, dia que marca o início da Semana Santa
Neste domingo, 28 de março, a Igreja Católica comemora o Domingo de Ramos, uma festa móvel cristã celebrada no domingo anterior à Páscoa, o que significa que sua data muda a cada ano com base na Quaresma. A festa comemora o início da Semana Santa - os últimos dias de Cristo na terra antes de Sua crucificação - e a entrada triunfal de Jesus em Jerusalém, um evento da vida do filho da Virgem Maria mencionado nos quatro evangelhos canônicos (Marcos 11:1, Mateus 21:1-11, Lucas 19:28-44 e João 12:12-19). Diz a tradição que Jesus teria entrado pela porta dourada de Jerusalém. Na liturgia romana, este dia é denominado de "Domingo de Ramos e da Paixão do Senhor". A liturgia católica ainda denomina a festa de diversas formas, como: "Páscoa Florida", em contraste com a Páscoa enquanto tal que é "frutífera" e Pascha competentium ou Pascha petitum, pois era durante essa festa que "aqueles que pedem" o Batismo são apresentados.
Em muitas denominações cristãs, o Domingo de Ramos é conhecido pela distribuição de folhas de palmeiras para os fiéis reunidos na igreja. Em lugares onde é difícil consegui-las por causa do clima, ramos de diversas árvores são utilizados.
Nos relatos evangélicos, a entrada triunfal de Jesus ocorre por volta de uma semana antes de sua ressurreição. É o primeiro passo de Jesus em direção à sua morte.
De acordo com eles, Jesus chegou montado em um jumento em Jerusalém e o povo, festivo, lançou seus mantos à sua frente, assim como pequenos ramos de árvores. A multidão cantou parte de um salmo (Salmos 118:25-26) — "Salva-nos agora, te pedimos, ó Javé; Ó Javé, envia-nos agora a prosperidade. Bendito seja aquele que vem em nome de Javé, Da casa de Javé vos abençoamos."
As centenas de pessoas gritaram: “Hosana ao Filho de Davi! Bendito aquele que vem em nome do Senhor! Hosana nas alturas do céu!”
O simbolismo do jumento pode ser uma referência à tradição oriental de que este é um animal da paz, ao contrário do cavalo, que seria um animal de guerra. Segundo esta tradição, um rei chegava montado num cavalo quando queria a guerra e num jumento quando procurava a paz. Portanto, a entrada de Jesus em Jerusalém simbolizaria sua entrada como um "príncipe da paz" e não um rei guerreiro.
Em Lucas 19:41, conforme Jesus se aproxima de Jerusalém, ele olha para a cidade e chora por ela (no evento conhecido como em latim: Flevit super illam), já prevendo o sofrimento a que passará a cidade.
Flevit super illam (1892): óleo sobre tela, por Hnrique Simonet - (Museu do Prado, Madrid, Espanha) |
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