Equipe econômica vai reduzir valor à metade e prorrogar Auxílio Emergencial até dezembro
|  | 
| Caixa vai creditar o saque emergencial do FGTS na segunda-feira e parcelas do auxílio emergencial - Estefan Radovicz / Agencia O Dia | 
Enquanto a queda de braço sobre o valor do Renda Brasil, que irá 
substituir o Bolsa Família, não tem um desfecho, a equipe econômica vai 
reduzir o valor à metade e prorrogar o auxílio emergencial até dezembro.
 Ou seja, sai o seiscentão e entra o trezentão. O pagamento seguirá os 
mesmos moldes do programa atual: primeiro recebem os beneficiários do 
Bolsa Família e em seguida os demais. O governo vai editar uma medida 
provisória com o novo valor e o prazo de pagamento. O texto terá que 
passar na Câmara. Procurado, o presidente da Câmara, Rodrigo Maia disse 
que só vai se posicionar sobre a MP quando ela chegar à Casa. No Estado 
do Rio, segundo o Ministério da Cidadania, 5,6 milhões de pessoas são 
elegíveis para receber o auxílio. O montante destinado a esses 
pagamentos chega a R$ 13,87 bilhões.
Assim como o Renda Brasil, o
 valor do auxílio emergencial foi ponto de discórdia pública entre o 
presidente Jair Bolsonaro e o ministro da Economia, Paulo Guedes, que 
defendia R$ 200. Mas o valor foi considerado insuficiente por Bolsonaro.
 O embate entre os dois sobre os valores dos benefícios tem ocorrido, 
principalmente, por conta da fonte de custeio dos auxílios. 
Atualmente,
 o governo destina R$ 30 bilhões para custear o Bolsa Família. O novo 
programa demandaria R$ 50 bilhões em recursos pois traria para esta 
folha mais seis milhões de pessoas. Fontes informaram ao jornal O DIA 
que o tema Renda Brasil só voltará à pauta após o fim do pagamento do 
auxílio emergencial justamente pela alegada falta de caixa do governo.
Por oito meses
Criado
 em abril para diminuir os impactos da crise provocada pela pandemia de 
coronavírus, o auxílio emergencial de R$ 600 foi pago inicialmente por 
três meses para trabalhadores informais, autônomos, desempregados, 
microempreendedores e beneficiários do Bolsa Família. No final de junho o
 benefício foi prorrogado por mais dois meses. E agora será pago até 
dezembro.
Crítica de senadores
O valor de R$ 
200, desde que foi sugerido pelo ministro Paulo Guedes em maio, tem sido
 alvo de críticas de senadores. Segundo Guedes não seria possível 
continuar pagando por mais tempo o auxílio no valor de R$ 600, porque 
“aí ninguém trabalha, ninguém sai de casa e o isolamento vai ser de oito
 anos porque a vida está boa, está tudo tranquilo”, disse o ministro na 
época. 
No Twitter, a senadora Eliziane Gama (Cidadania-MA) 
defendeu a prorrogação, pois “a crise provocada pela covid-19 não 
arrefecerá e mais pessoas devem precisar do benefício em breve”.
Já o
 senador Fabiano Contarato (Rede-ES) lembrou que a ajuda governamental 
para grandes empresas saiu rapidamente e sem embaraços, enquanto a 
população pobre sofre ameaças de ter os recursos cortados. 
“Para
 as gigantes do setor aéreo, Guedes já garantiu um socorro bilionário. 
Já para os beneficiários do auxílio emergencial, os pobres e desvalidos,
 mandou avisar que a assistência financeira logo será encerrada!”, 
escreveu no Twitter.
Saque emergencial do FGTS sai na segunda-feira
A semana vai começar bem para quem tem direito ao saque emergencial de 
até R$ 1.045 do FGTS. O dinheiro será creditado na poupança social para 
os nascidos em setembro. Nesta fase é possível pagar boletos, contas e 
fazer compras no mercado pelo cartão virtual do aplicativo Caixa Tem, 
que pode ser baixado no celular. Os recursos somente estarão disponíveis
 para saque ou transferência em 31 de outubro.
Os aniversariantes
 de agosto e setembro também vão poder sacar o auxílio emergencial de R$
 600, conforme o cronograma. Esta leva faz parte do calendário da quarta
 parcela. Além disso, os nascidos em fevereiro e março vão receber o 
depósito da quinta parcela da renda básica, na quarta e sexta-feira, 
respectivamente.
Pausa maior para pagar
Ainda
 por conta da crise provocada pelo coronavírus, a Caixa Econômica 
decidiu prorrogar mais uma vez a pausa nas prestações de créditos 
comerciais de pessoas físicas e jurídicas. Anteriormente, a ampliação 
tinha sido estabelecida em 90 dias, mas a instituição aumentou para um 
período de até 180 dias. A medida vale para contratos como os de 
Renegociação, CDC, Microcrédito, Construcard e Crédito Auto.
Os 
clientes que já tiveram pausa de 90 dias concluída ou em andamento podem
 solicitar a prorrogação por mais 90 dias. Já quem ainda não solicitou 
essa alternativa, pode pedir a pausa por até 180 dias.
Com a 
suspensão, os valores das prestações serão alterados e os juros do 
período pausado distribuídos pelas demais parcelas, com o aumento do 
valor da prestação mensal. O prazo final de pagamento do contrato também
 é postergado, permanecendo a quantidade de parcelas a pagar, taxa de 
juros e demais condições contratadas.
O Dia
 
Nenhum comentário:
Postar um comentário