Estudo da Universidade Federal de Pernambuco aponta que impacto do Auxílio Emergencial no PIB da Paraíba é de 6,7%
O pagamento das cinco parcelas do Auxílio Emergencial representa 6,7% do PIB nominal da Paraíba de 2019, segundo uma pesquisa desenvolvida pela Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) que mede os impactos do benefício concedido pelo Governo Federal na economia do país e dos estados brasileiros. A Paraíba segue a tendência da região Nordeste, a mais beneficiada pelos recursos transferidos pela União, segundo o levantamento.
Conforme o estudo, as regiões Nordeste e Norte são as mais beneficiadas quando é observado o volume de recursos do Auxílio Emergencial em proporção ao PIB local. Os 16 estados das duas regiões têm os maiores percentuais nessa relação, todos com médias superiores à nacional de 2,5%. No Maranhão, o impacto do benefício chega a 8,6% do PIB, enquanto no Piauí atinge 7,9%. Alagoas e Ceará têm 6,4% de impacto na economia.
Cerca de 1.519.253 milhão de pessoas foram beneficiadas somente na Paraíba, o que representa 37,81% da população local. “O impacto econômico do PAE é considerável. Ao final do programa, atingirá algo próximo de 70 milhões de pessoas sob um custo de mais de R$ 250 bilhões. Ao mesmo tempo que representa um peso significativo no orçamento federal, é uma fonte de recursos significativa para a economia que, com a pandemia do COVID-19, sofrerá forte redução do consumo das famílias, dos gastos do governo e das empresas”, diz o estudo conduzido pelo professor Ecio Farias.
“Por outro lado, apesar do Estado de São Paulo ser o maior recebedor, em termos absolutos, com um aporte estimado de R$ 29,66 Bilhões, quando comparado com o tamanho da sua economia, sua posição é de 25º. O Estado mais beneficiado é o Maranhão, com algo em torno de 8,6% do seu PIB, com um aporte estimado de R$ 8,44 Bilhões”, ressalta o estudo, enfatizado como o programa tem contribuído com a economia do Nordeste.
Em relação aos municípios, o benefício equivalerá a 10% do PIB para 1.709 cidades brasileiras, sendo que 80,4% dessas cidades são nordestinas. O estado da Bahia surge com 324 municípios; o Piauí aparece com 200, seguido do Maranhão com 192; a Paraíba tem 186, o Ceará 138, Pernambuco 131, Rio Grande do Norte 103, Alagoas 57 e Sergipe com 44 cidades onde o auxílio atinge essa margem.
O estudo da UFPE sugere, também, que em alguns municípios de regiões menos desenvolvidas, o benefício dará a sensação de que a crise econômica não trouxe consequências negativas, e corrobora com outras pesquisas que revelaram que o Auxílio Emergencial reduziu a extrema pobreza do país e que o rendimento das famílias mais vulneráveis cresceu com o benefício. Para conferir o estudo na íntegra, clique aqui.
Polêmica Paraíba - Publicado por: Felipe Nunes
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