Contas do Governo Federal têm rombo de R$ 417 bilhões no primeiro semestre deste ano, sem incluir juros da dívida pública
Segundo
informações da Secretaria do Tesouro Nacional, as contas do governo
federal registraram rombo de R$ 417, 217 bilhões no primeiro semestre
deste ano. Esse é o volume em que as despesas superaram as receitas, sem
incluir os gastos com juros da dívida pública.
Este
é o pior resultado para esse período desde o início da série histórica,
em 1997. No mesmo período do ano passado, o déficit fiscal somou R$
29,311 bilhões.
A
receita líquida teve redução de 18,1%, em termos reais, no primeiro
semestre deste ano. No período, houve um adiamento no pagamento de
tributos de R$ 81,3 bilhões, enquanto a diminuição do IOF crédito
totalizou R$ 6,3 bilhões.
Do lado da despesa, houve uma alta de
40,3% até junho de 2020. Os gastos realizados das medidas de combate à
crise covid-19 totalizaram R$ 210,6 bilhões, de um total de R$ 404,5
bilhões aprovados até o final de junho.
Para este ano, somente o
governo tinha de atingir uma meta de déficit primário até R$ 124,1
bilhões. Entretanto, com o decreto de calamidade pública, proposto pelo
governo e aprovado pelo Congresso Nacional por conta da pandemia do
coronavírus, não será mais necessário atingir esse valor.
Somente
em junho deste ano, as contas do governo apresentaram um rombo de R$
194,7 bilhões em junho de 2020 – no que foi o pior resultado mensal da
história. No mesmo período do ano passado, o déficit fiscal somou R$
11,805 bilhões.
O Tesouro Nacional avaliou que o aumento de gastos
neste ano, por conta da pandemia do novo coronavírus, são temporários
“com execução concentrada no exercício de 2020”.
“A situação
enfrentada por todo o mundo requeria uma resposta do poder público, e as
ações implementadas para lidar com o problema basearam-se na proteção
aos mais vulneráveis e na preservação de empregos e de empresas. Porém, é
preciso observar que essas medidas têm um custo para a sociedade e
geram uma conta que precisa ser paga no futuro próximo”, acrescentou o
Tesouro.
De
acordo com a instituição, isso gerará uma alta significativa do
endividamento neste ano, que poderá encostar em 100% do Produto Interno
Bruto (PIB) – patamar elevado para países emergentes.
Avaliou que,
por conta disso, é importante a implementação de ações que “deem
credibilidade sobre a estabilidade do nosso endividamento permitirão que
a economia brasileira continue navegando neste cenário de juros e
inflação baixos, propício para uma recuperação mais forte no pós-crise”.
Fonte: Polêmica Paraíba - Créditos: Terra
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