Ministério Público denuncia ex-governador Ricardo Coutinho e mais 6 por lavagem de dinheiro com o canal 40
O
Ministério Público protocolou nesta sexta-feira (13) a sexta denúncia
Ricardo Coutinho (PSB), no âmbito da Operação Calvário. Dessa vez o
ex-governador e mais seis pessoas são acusadas de lavagem de dinheiro na
compra e reforma do Canal 40, em João Pessoa. O local teria sido
utilizado para gravações e reuniões durante campanhas eleitorais.
Foram
denunciados juntos com Ricardo Coutinho, seu irmão, Coriolano Coutinho;
a irmã, Valéria Vieira Coutinho; Paulo César Dias Coelho; a
ex-secretária de Administração do Estado, Livânia Farias; o
ex-secretário executivo de Turismo do estado, Ivan Burity; e Maria Laura
Caldas. Os três últimos firmaram termos de colaboração premiada com o
MP durante as investigações.
Ricardo
Coutinho é classificado, na denúncia, como chefe de organização
criminosa. São 32 páginas que evidenciam um esquema de desvio de
recursos para gastos com, por exemplo, aquisição de mobília, despesas
com água e energia da sede do Canal 40.
“Nesse contexto, restou
robustamente delineado pela investigação que RICARDO VIEIRA COUTINHO
obteve valores oriundos do esquema criminoso, por intermédio da
realização de investimentos dissimulados em benfeitorias do denominado
CANAL 40”, diz um trecho da denúncia do Gaeco e CCRIMP.
O MP pede a
perda de cargo, emprego, função pública ou mandato eletivo dos
acusados, e fixação do valor mínimo “para reparação dos danos (materiais
e morais) causados pela infração, considerando os prejuízos sofridos
pelo ofendido (art. 387, inciso IV, CPP), no caso orçado em R$
1.600,000,00 (um milhão e seiscentos mil reais) correspondente ao valor
mínimo identificado, no presente caso, que foi desviado ilicitamente do
tesouro estadual pela ORCRIM (via caixa de propina), sendo R$ 100.000,00
(cem mil reais) destinados a aquisição do imóvel, R$ 1.000,000,00 (um
milhão de reais) utilizados na execução das obras de reforma do CANAL 40
e, aproximadamente, R$ 500.000,00 (quinhentos mil reais) gastos com o
custeio de despesas ordinárias do prédio”.
Para o MP, os recursos
empregados na reforma do imóvel e na compra dos móveis teriam sido
retirados do “caixa de propina”, investigado na Calvário.
Polêmica Paraíba - Publicado por: Gerlane Neto
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