Esposa de vereador de Tavares recebe Auxílio Emergencial

SAQUES DE TRÊS PARCELAS DO AUXÍLIO EMERGENCIAL POR MULHER DO VEREADOR PABLO DANTAS É UM 'TAPA NA CARA' DOS MAIS NECESSITADOS 

De acordo com os dados divulgados pelo Governo Federal, o nome da esposa do vereador de Tavares, no Sertão Paraíba, Pablo Dantas, consta como beneficiaria do auxílio emergencial dos R$ 600,00 (seiscentos reais), voltado para desempregados, trabalhadores informais, micro-empreendedores individuais e trabalhadores autônomos durante a pandemia do novo coronavírus.

O nome de Cláudia Rafaela Fernandes de Paiva, consta no sistema como autorizada a sacar R$ 600,00. O saque por parte da esposa do vereador é considerado fraude, pois, segundo foi apurado, a renda familiar está acima de R$ 3.135,00 (três mil, cento e trinta e cinco reais), enquanto o requisito exigido para recebimento do auxílio é de renda mensal de até meio salário mínimo (R$ 522,50) por pessoa, e renda familiar de até três salários mínimos (R$ 3.135,00). Pois, de acordo com informações, apenas como vereador Pablo Dantas recebe o valor de R$ 5.900,00 (cinco mil e novecentos reais) mensalmente.

Ainda segundo informações, a esposa do vereador teria se passado por uma pessoa sem renda e recebeu até o momento as três parcelas no valor de R$ 600,00 cada, totalizando R$ 1.800,00 (um mil e oitocentos reais) que hoje fazem falta a muita gente.

Situações como essa causam repulsa, uma vez que pessoas que deveriam estar ajudando os que necessitam fazem uso de meios fraudulentos com a finalidade de se cadastrar e receber o valor destinado às pessoas em dificuldades financeiras por conta da pandemia.

Esse tipo de comportamento execrável, que quase que diariamente vem a público em todo o país, expõe as vísceras da hipocrisia, da impostura e da desonestidade de políticos que deveriam dar bom exemplo a sociedade, agravadas pelas circunstâncias de um país em quase desespero por conta de uma pandemia que ceifa vidas, tira empregos e leva empresas à falência, empobrecendo a todos e, sobretudo, causando sofrimento aos mais pobres.

Não saber distinguir as fronteiras entre o público e o privado é um ato que demonstra falta de caráter, principalmente pela capacidade de se apropriar do que não lhe pertence e que faz falta na mesa das pessoas mais carentes.