COM ÁGUA CONTAMINADA E CAPACIDADE TOTAL DE 15.438.572 DE METROS CÚBICOS, FALTA AINDA 22,73% PARA O AÇUDE TIMBAÚBA SANGRAR
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Açude Timbaúba, em 2004, penúltimo ano em que as chuvas foram suficientes para que o manancial sangrasse |
De acordo com os dados contabilizados neste sábado, 30 de maio, pelo setor de Monitoramento e Hidrometria da Agência Executiva de Gestão das Águas do Estado da Paraíba (Aesa), disponíveis de forma detalhada no site aesa.pb. gov.pb, o açude Timbaúba está com 77,27% da sua capacidade total, ou seja, 11.929.667 m³, faltando apenas 22,73% para sangrar.
Localizado no município de Juru, Sertão da Paraíba, o reservatório tem capacidade máxima de 15.438.572 de metros cúbicos. O manancial fica situado na Bacia da Região do Médio Curso do Rio Paraíba e foi construído pelo recém falecido ex-governador Wilson Leite Braga para o uso exclusivo de culturas irrigáveis.
A construção do açude Timbaúba teve início em 1984 e foi concluída em 1985 durante a gestão do Capitão Dalmo Teixeira, um administrador que tinha uma visão muito além do seu tempo e gozava de muito prestígio político com os governadores da época, principalmente João Agripino, Ernani Satyro e Wilson Braga.
Até recentemente, no entanto, por causa do colapso do Glória II (açude do Jorge), construído com a finalidade de abastecer Juru, os moradores da cidade passaram a consumir água do açude Timbaúba, que também abasteceu durante muito tempo outras cidades, inclusive do vizinho estado de Pernambuco.
O açude Glória II tem capacidade total de 1.349.980 de metros cúbicos, já sangrou este ano e está com 1.370.081 m³, o equivalente a 101,49%.
Por causa da demanda desenfreada, que causou revolta a população juruense temerosa que o reservatório secasse totalmente como aconteceu em 1986, o açude Timbaúba chegou a ficar no volume morto, com menos de 5% do seu volume total, e foi considerado impróprio para consumo humano.
Não bastasse a existência de metais pesados que sempre motivaram as recomendações para que a água do açude Timbaúba não fosse consumida, existe ainda o agravante da localização do lixão da cidade de Tavares, cujas águas correm para dentro do manancial no período chuvoso, sem que nenhuma providência tenha sido tomada até então pelas autoridades locais no sentido de evitar a contaminação do precioso líquido.
Acrescente-se ainda ao descaso das autoridades governamentais, quer sejam estaduais ou municipais, os assustadores formigueiros existentes na parede principal do reservatório, que são motivo da constante preocupação dos moradores de Juru na época das chuvas.
Além do mais, foi preciso a intervenção de quem não faz parte do governo para cortar o mato que toma conta da parede do açude, como o fez o empresário Milton Miguel, que levou os seus trabalhadores para realizar o serviço de roço e limpeza do local em 2019.
Apesar de tudo, o inverno tem sido generoso e Juru está relacionado entre os municípios paraibanos onde mais choveu este ano, já tendo acumulado 1.229 milímetros até este sábado, 30. Pois, de acordo com aferição feita no pluviômetro do tabelião juruense Odon Teixeira, já foram registrados 116 mm só neste mês de maio. Segundo o dono do Cartório de Registro Civil de Juru, choveu 57 mm na última segunda-feira e 37 mm na quinta.
Veja fotos dos trabalhadores do empresário Milton Miguel realizando o roço do mato que tomava conta da parede do açude Timbaúba em 2019:
Localizado no município de Juru, Sertão da Paraíba, o reservatório tem capacidade máxima de 15.438.572 de metros cúbicos. O manancial fica situado na Bacia da Região do Médio Curso do Rio Paraíba e foi construído pelo recém falecido ex-governador Wilson Leite Braga para o uso exclusivo de culturas irrigáveis.
A construção do açude Timbaúba teve início em 1984 e foi concluída em 1985 durante a gestão do Capitão Dalmo Teixeira, um administrador que tinha uma visão muito além do seu tempo e gozava de muito prestígio político com os governadores da época, principalmente João Agripino, Ernani Satyro e Wilson Braga.
Até recentemente, no entanto, por causa do colapso do Glória II (açude do Jorge), construído com a finalidade de abastecer Juru, os moradores da cidade passaram a consumir água do açude Timbaúba, que também abasteceu durante muito tempo outras cidades, inclusive do vizinho estado de Pernambuco.
O açude Glória II tem capacidade total de 1.349.980 de metros cúbicos, já sangrou este ano e está com 1.370.081 m³, o equivalente a 101,49%.
Por causa da demanda desenfreada, que causou revolta a população juruense temerosa que o reservatório secasse totalmente como aconteceu em 1986, o açude Timbaúba chegou a ficar no volume morto, com menos de 5% do seu volume total, e foi considerado impróprio para consumo humano.
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Lixão da cidade de Tavares, localizado às margens da rodovia PB - 306, onde são despejados resídios de toda espécie, que são levados pela correnteza das chuvas para o açude Timbaúba |
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Enormes formigueiros existentes na parede do açude Timbaúba tiram o sono dos moradores de Juru durante a época de chuvas |
Além do mais, foi preciso a intervenção de quem não faz parte do governo para cortar o mato que toma conta da parede do açude, como o fez o empresário Milton Miguel, que levou os seus trabalhadores para realizar o serviço de roço e limpeza do local em 2019.
Apesar de tudo, o inverno tem sido generoso e Juru está relacionado entre os municípios paraibanos onde mais choveu este ano, já tendo acumulado 1.229 milímetros até este sábado, 30. Pois, de acordo com aferição feita no pluviômetro do tabelião juruense Odon Teixeira, já foram registrados 116 mm só neste mês de maio. Segundo o dono do Cartório de Registro Civil de Juru, choveu 57 mm na última segunda-feira e 37 mm na quinta.
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Açude Glória II (açude do Jorge): construído para abastecer Juru, o reservatório entrou em colapso no final de 2018 e os moradores da cidade passaram a consumir água do açude Timbaúba |
Da dó de ver isso...era tão bom quando nois podia tomar banho nele e curtimos muito carnaval lá era bom demais...
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