Vidas que não têm preço

Flamengo fatura R$ 1 bilhão e não paga as famílias dos meninos mortos no Ninho do Urubu

O Clube de Regatas Flamengo foi o clube que mais ganhou dinheiro nos últimos anos, podendo chegar a mais de 1 bilhão em 2020 e luta na justiça para não pagar R$ 24 milhões às famílias dos meninos que morreram asfixiados no Ninho do Urubu.

Enquanto a justiça manda pagar R$ 2 milhões e mais salários, o Flamengo oferece R$ 400 mil e um salário mínimo.

Enquanto o Flamengo gasta milhões com jogadores e empresários, esquece que os maiores empresários são os pais dos meninos que morreram e tiveram os seus sonhos interrompidos, não por uma tragédia mas por uma falta de responsabilidade do clube.

São famílias pobres que investiram tudo nos sonhos dos seus filhos e hoje, além de não terem seus filhos e seus sonhos, existe um clube milionário brigando e querendo colocar preço em vidas a vida… que não tem preço.

As famílias não são times de futebol, que os jogadores passam pelo clube e vão embora e o clube continua inteiro. As famílias perdem seus filhos e ficam destruídas para sempre, com uma saudade eterna.

A Justiça tem que prevalecer e o Flamengo deveria pagar sem questionar pelas vidas que não tem preço.

O Flamengo continua sendo Flamengo… e as famílias, será que continuarão?

Jornal do País