Relatório da Agência Nacional das Águas aponta seca em todo estado da Paraíba
A última
atualização do Monitor de Secas aponta que a Paraíba teve um aumento da
severidade da condição de seca grave entre a região da Borborema e
Agreste paraibano. No litoral também houve a expansão da área de seca
fraca. Os impactos são de curto prazo na faixa leste e de curto e longo
prazo nas demais áreas ao interior paraibano. Entre novembro e dezembro,
a Paraíba teve um aumento da área com seca, que passou a abranger todo o
território.
Em
termos de anomalias de precipitação, houve chuvas inferiores à média
histórica na faixa centro-sul do Maranhão e do Piauí, oeste do Espírito
Santo, Paraíba, Pernambuco, sul do Ceará, além de todo o território de
Tocantins, Bahia, Alagoas, Sergipe e Minas Gerais. Por outro lado,
chuvas acima da média histórica foram observadas em locais isolados do
oeste e norte do Maranhão, centro-norte do Piauí e Ceará. Nas demais
áreas, as precipitações observadas ficaram próximas à média histórica.
Em
dezembro de 2019, os maiores volumes de chuva foram observados no
centro-sul de Minas Gerais, em grande parte de Tocantins e em pontos
isolados do Espírito Santo, onde houve acumulados de precipitações entre
100mm e valores acima de 200mm. No Nordeste, os maiores volumes foram
registrados no centro-oeste e sul da Bahia, oeste do Piauí e em pontos
isolados do Maranhão, onde foram observados acumulados também variando
entre 100mm e 200mm. Já entre o Ceará e o centro-norte da Bahia, o
predomínio foi de pouca ou nenhuma chuva, com acumulados inferiores a
50mm.
A
partir deste mês, o Monitor de Secas expande sua área de atuação para
Tocantins, o primeiro estado do Norte a contar com o serviço. Esta
ferramenta realiza o acompanhamento contínuo do grau de severidade das
secas no Brasil com base em indicadores de seca e nos impactos causados
pelo fenômeno. Com isso, o estado se junta aos nove do Nordeste, Minas
Gerais e Espírito Santo. Assim, o Monitor de Secas tem uma presença cada
vez mais nacional, abrangendo o Nordeste, o Norte e o Sudeste. Os
próximos estados a se juntarem ao Monitor serão Goiás e Rio de Janeiro,
que já estão em fase de testes e em treinamento de pessoal.
O Monitor de Secas
O
Monitor de Secas é coordenado pela Agência Nacional de Águas (ANA), com
o apoio da Fundação Cearense de Meteorologia e Recursos Hídricos
(FUNCEME), e desenvolvido conjuntamente com diversas instituições
estaduais e federais ligadas às áreas de clima e recursos hídricos. Na
Paraíba, a Agência Executiva de Gestão das Águas do Estado da Paraíba
(AESA) é o órgão que atua no Monitor de Secas. Por meio da ferramenta é
possível comparar a evolução das secas nos 12 estados a cada mês
vencido. O Monitor vem sendo utilizado para auxiliar a execução de
políticas públicas de combate à seca.
O serviço tem como principal
produto o Mapa do Monitor, construído mensalmente a partir da
colaboração dos estados integrantes do projeto e de uma rede de
instituições parceiras que assumem diferentes papéis na rotina de sua
elaboração.
Em operação desde 2014, o Monitor de Secas iniciou
suas atividades pelo Nordeste, historicamente a região mais afetada por
este tipo de fenômeno climático. No fim de 2018, com a metodologia já
consolidada e entendendo que todas as regiões do País são afetadas em
maior ou menor grau por secas, foi iniciada a expansão da ferramenta
para a inclusão de estados de outras regiões. Em novembro de 2018 e em
junho de 2019, Minas Gerais e Espírito Santo foram incorporados.
O
Monitor de Secas foi concebido com base o no modelo de acompanhamento
de secas dos Estados Unidos e do México. O cronograma de atividades
inclui as fases de coleta de dados, cálculo dos indicadores de seca,
traçado dos rascunhos do mapa pela equipe de autoria, validação dos
estados envolvidos e divulgação do mapa final. A metodologia utilizada
no processo faz com que o mapa do Monitor indique uma seca relativa, ou
seja, as categorias de seca em uma determinada área são estabelecidas em
relação ao próprio histórico da região.
Fonte: Paraíba Já - Publicado por: Gerlane Neto


Nenhum comentário:
Postar um comentário