Conheça a terrível história do lunático que usava Deus para matar, casar e estuprar crianças
Nascido
em 22 de agosto de 1946 na cidade do Kansas, nos Estados Unidos, Marcus
Delon Wesson teve uma estrutura familiar e aspectos de uma infância
característicos de um perfil psicológico que pode constituir uma mente
psicótica.
Entre quatro filhos, ele
era o mais velho, e sua mãe, Carrie Wesson, uma fanática religiosa,
forçava-o a enxergar absolutamente tudo através da Bíblia desde pequeno.
Marcus frequentava com ela a Igreja Adventista do Sétimo Dia e, segundo
relatos do próprio, por vezes era agredido com o livro sagrado quando
se recusava a ir aos cultos ou queria brincar ao invés de ler as
parábolas durantes horas e horas seguidas em casa.
O
pai, o Pastor Benjamin Wesson, além de um fanático como a mulher, era
alcoólatra, agressor e molestador de crianças. Marcus confessou que o
pai o tocava à noite e o espancava durante o dia, tanto por conta das
bebedeiras diárias quanto para ensiná-lo lições que Deus o havia
instruído.
O início de uma mente perturbada
Vivendo
em um lar caótico e sob ensinamentos distorcidos e perturbados, Marcus
Wesson aprendeu a ser exatamente o fruto do meio no qual estava
inserido. Enquanto criança, suas brincadeiras favoritas não eram
futebol, carrinhos ou bonecos, mas fingir ser um pastor liderando seu
rebanho, que costumava ser composto por outras crianças.
Com
o poder de persuasão da mãe misturado com o tom agressivo do pai, ele
sempre queria ser o centro das atenções, chegando a intimidar e
repreender qualquer um que tentasse roubar seu lugar. Para o garoto, as
crenças da igreja se misturaram com as convicções da mãe e com as
fantasias que ele criava em sua cabeça, como a certeza de que ele e a
família eram vampiros que possuíam almas. Essa invenção infantil foi
apenas o início de um pensamento que ganhou proporções grotescas e
acabou em assassinatos.
No início de
1960, quando Marcus tinha 14 anos de idade, a família se mudou para San
Bernardino, na Califórnia, pois o pai havia os abandonado para viver um
caso com o sobrinho. Na escola, durante o período da adolescência,
Marcus foi um aluno entre mediano e praticamente inexpressivo, cumprindo
apenas o necessário para conseguir se formar no ensino médio. Toda sua
participação estudantil foi preenchida por diversos “nãos” e um “nunca”:
não se destacava em nada, não participava de nada, não tinha amigos,
não conversava, não saía, nunca cedeu ao álcool nem a drogas.
Ele
era ninguém e teria passado despercebido se não fosse pelo seu porte
alto e corpulento e o fato de vestir terno e gravata em vez de jeans e
camiseta. Apesar de sua aparência e tamanho, Marcus sempre esteve mais
propenso a ser intimidado do que a causar algum tipo de intimidação.
Enquanto
isso, a cada dia ele se tornava ainda mais obcecado pela religião. Foi
quando o pai voltou, como se nada tivesse acontecido, depois de mais de
10 anos vivendo um romance com o próprio sobrinho, que ele passou a
acreditar que não havia problema em manter relações sexuais com membros
da própria família e que cada pai, inclusive o dele, tinha maneiras
diferentes de “amar” os filhos.
O falso Messias
Em
1968, depois de ficar um tempo nas Forças Armadas dos Estados Unidos,
Marcus conheceu Rosemary Solorio, uma mulher casada e com filhos que
morava em San Jose, na Califórnia, com quem ele passou a ter uma relação
às escondidas. Meses depois do envolvimento, Rosemary se separou do
marido, pegou as crianças e foi morar com Marcus.
No
início do relacionamento, o homem chegou a trabalhar por um curto
período em um banco, mas logo ficou desempregado e começou a viver com o
benefício do governo que Rosemary podia receber por conta de problemas
familiares.
Em 1971, a mulher deu à
luz o primogênito de Marcus, chamado Adair Wesson. A empolgação de se
tornar pai durou apenas o tempo necessário para que conseguisse se
aproximar o suficiente da enteada Elizabeth. Em 1974, quando a garota
tinha 8 anos de idade, o homem passou a molestá-la, tocá-la e se
insinuar para ela, sempre deixando muito claro que tudo aquilo que
estava fazendo era o “certo”, pois Deus a havia escolhido para que fosse
sua esposa, que era a sua “prometida”.
Foi
nessa época, inclusive, quando ele tinha 27 anos de idade, que em uma
cerimônia realizada na sala de estar de sua casa Marcus se “casou” com a
menina de 8 anos após convencê-la de que a mãe já sabia de
absolutamente tudo e que havia permitido. Marcus Wesson realizou a
suposta união com uma pseudo-Bíblia que ele mesmo havia escrito ao longo
dos anos, deturpando passagens e ensinamentos, adicionando convicções
próprias e estabelecendo leis divinas que beneficiavam e sustentavam seu
pensamento doentio e descontrolado.
Quando
Elizabeth completou 12 anos, o homem passou a estuprá-la diariamente,
enquanto fazia uma lavagem mental na garota, injetando seus
pensamentos e, de certa forma, oprimindo-a e fazendo-a aceitar toda
aquela história de terror. Quando ela completou 15 anos de idade e
engravidou, Marcus se casou legalmente com ela e declarou a Rosemary que
se mudaria para começar a constituir sua família não convencional e
“mais amada aos olhos de Deus”.
Abusos e opressão
A
irmã mais velha de Elizabeth deixou seus sete filhos para que ela
cuidasse, pois seria incapaz de fazer isso por conta de seu vício em
drogas. Marcus pediu para que Rosemary entregasse a van da família para o
transporte de todos ou ele levaria Adair Wesson consigo. Sendo assim,
ela deixou que partissem com o carro.
Desempregado
e vivendo de fraudes que tramava para conseguir receber o benefício do
governo, em 1989 Marcus foi condenado a pagar uma multa por defraudação e
perjúrio. A partir disso, a família começou a viver como nômade,
invadindo casas vazias, morando em barracos e até mesmo em barcos. Eles
sobreviviam de tickets-alimentação.
Nesse
ínterim, Elizabeth passou a ter uma vida de privação e encarceramento.
Os abusos vieram ao longo disso. Marcus começou impedindo que a garota
participasse da educação das crianças, que passou a ser de modo
doméstico, uma vez que sequer tinham acesso a uma casa que fosse mais do
que uma barraca militar no meio da floresta e porque ele precisava
doutriná-las com sua Bíblia adaptada, cujo conteúdo retratava Jesus como
um grande vampiro. Marcus até chegou a ordenar que só se referissem a
ele como Mestre ou Milorde. Além do treino exaustivo que fazia para o
Armagedom, o homem logo deu início ao processo de preparação das
sobrinhas de Elisabeth para se tornarem suas esposas.
Durante
meses, ele separou os meninos das meninas, temendo que desenvolvessem
algum tipo de atração sexual uns pelos outros. Em mais uma cerimônia, o
homem se casou com Ruby Ortiz, Rosa e Sofina, com 7, 8 e 11 anos de
idade, respectivamente. Marcus passou uma noite inteira estuprando-as em
um suposto ato para “consumar” a união, como ele mesmo disse. Quando
entraram na puberdade, cada uma delas, incluindo a própria filha, acabou
engravidando dele. Os registros indicam que Marcus teve sete mulheres,
sendo cinco delas suas filhas, e 18 filhos, todos frutos de relações
incestuosas.
Em meio a tudo isso,
havia muito espancamento e dor. Tacos de beisebol, fios elétricos e os
próprios punhos eram apenas alguns dos meios que o homem se valia para
atacar a família. No tribunal, o filho Serafino disse de ter apanhado
durante 30 dias sem parar simplesmente por ter roubado uma colher de
pasta de amendoim. Sofina também confessou que Marcus agrediu o filho de
apenas 1 mês de idade até que as perninhas dele sangrassem.
O plano engatilhado
Marcus
era fascinado por David Koresh, líder de um culto religioso e que
também tinha diversas mulheres e filhos de relações incestuosas. Quando a
polícia fez o cerco ao complexo de Koresh, em 1993, ele alertou: “Esse
homem é como eu. Ele está criando os filhos para o Senhor”. Logo em
seguida, Marcus anunciou um pacto de suicídio se o governo federal
tentasse destituir sua família. E diariamente ele discutia com todos
cada detalhe de seu plano de assassinato.
É
absolutamente impossível medir ou imaginar o grau de subjugação a que
cada uma das vítimas era exposta, sendo totalmente controladas por
aquele mundo que o homem de 130 quilos havia criado. No entanto, aquela
lavagem cerebral não havia liquefeito o cérebro de Ruby Ortiz e Sofina
Solorio o suficiente. Elas pediram para ir embora e Marcus concordou,
contanto que elas deixassem seus filhos para trás. Desesperadas, as duas
acabaram concordando e, à medida que foram absorvendo tudo o que havia
da realidade e aprendendo, logo se deram conta de que aquilo que o homem
estava fazendo não era nada normal.
Em
12 de março de 2004, as duas mulheres reuniram alguns familiares e
foram até a casa de Marcus para reivindicar os filhos. Elas foram
recebidas com xingamentos das outras esposas, que ordenavam que se
curvassem diante do mestre delas. A polícia foi acionada pelos parentes
assim que a gritaria começou. Ruby e Sofina entraram em pânico e
avisaram que Marcus machucaria as crianças, lembrando do pacto de
assassinato quando um dos policias começou a falar por um megafone.
Armado
com um rifle de calibre 22, Marcus cumpriu seu plano maligno de
assassinato e, às 14h30, executou nove membros da família com tiros na
cabeça, quase todos entre os olhos das vítimas. Os policiais negaram
ter ouvido os diversos disparos, apesar de vários vizinhos, e inclusive
transeuntes, terem afirmado o contrário, e só entraram em ação quando o
homem apareceu à porta ensopado de sangue. Ele assassinou todos os
filhos e os empilhou no quarto de acordo com suas idades.
Em
27 de junho de 2005, após um longo período de julgamento, Marcus Wesson
foi considerado culpado das 9 acusações de assassinato e de 14 crimes
sexuais, sendo sentenciado à pena de morte e condenado a andar não como o
“Cristo vivo”, como ele mesmo se declarava, mas como o monstro, o
estuprador e assassino que era.
Fonte: Mega Curioso - Publicado por: Alana Yaponirah
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