DOIS FORAGIDOS: Engenheiro com ‘histórico’ em operações federais e empresário ainda são procurados pela Operação Recidiva
A
quarta fase da Operação Recidiva foi deflagrada na manhã desta
quarta-feira (20) em nove cidades da Paraíba e uma do Rio Grande do
Norte com objetivo de cumprir cinco mandados de prisão e 15 de busca e
apreensão, além de um mandado de afastamento de função pública.
Até
o momento, de acordo com informações da Polícia Federal, foram
cumpridos três dos cinco mandados de prisão. O engenheiro Sérgio Pessoa
Araújo e o empresário Francisco Amilton de Sousa Júnior não foram
localizados e seguem foragidos.
Já os
ex-prefeitos das cidades de Triunfo, Damísio Mangueira da Silva, e de
Catingueira, José Edivan Félix e secretário municipal da cidade de Santo
André, Samuel Zariff Marinho de Araújo, foram localizados e presos.
Eles serão apresentados para o juiz da 14ª Vara da Justiça Federal em
Patos, no Sertão do Estado, que foi quem expediu os mandados e deverá
presidir a audiência de custódia deles.
Um
dos foragidos, Sérgio Pessoa, já foi condenado no âmbito da Recidiva a
pena privativa de liberdade de 14 anos e 10 meses de reclusão, além de
nove anos de detenção, por organização criminosa em torno da empresa
“fantasma” EMN, voltada a praticar fraudes a licitações públicas em
diversos municípios da Paraíba, para subtrair recursos públicos federais
em proveito próprio e de terceiros. Segundo o Ministério Público
Federal (MPF), Sérgio é figura recorrente em praticamente todas as
grandes operações de combate a desvio de recursos no estado, desde a
Operação Transparência (2009), passando pela Operação Premier (2012) e
Operação Desumanidade (2015). Tal fato, inclusive, subsidiou a
decretação de anterior prisão preventiva na segunda fase da Recidiva.
Ele foi solto em março deste ano após decisão do Tribunal Regional
Federal (TRF) da 5ª Região, sob alegação de que não prejudicava a
investigação.
Sérgio, Edvan e Damísio
tiveram prisões preventivas pedidas pelo MPF em virtude da reiteração
de atividade criminosa e para garantia da ordem pública. Já as prisões
de Francisco Amilton de Sousa Júnior (empresário) e Samuel Zariff
Marinho de Araújo (secretário de Santo André – PB) foram solicitadas no
sentido de resguardar a instrução processual. Em duas passagens da
investigação, Sérgio, Amílton Júnior e Samuel Zariff combinam manobras
para esconder rastros bancários de transações ilícitas, atentando contra
a instrução processual, por meio de destruição de provas. A prisão de
Sérgio foi decretada também para resguardar a instrução do processo.
As
fraudes descobertas nesta quarta fase envolvem aplicação de verbas
federais descentralizadas em convênios celebrados com a Fundação
Nacional da Saúde (Funasa) nos municípios sertanejos de Ibiara, Santo
André, Catingueira e Triunfo. Os crimes envolvidos são: dispensa ilegal
de licitação, fraude licitatória, associação criminosa, peculato,
corrupção passiva e ativa, além de lavagem de dinheiro. A investigação
realizada pelo Ministério Público Federal (MPF), Polícia Federal e
Controladoria-Geral da União (CGU), que resultou na deflagração da
quarta fase da Operação Recidiva, foi iniciada a partir de
desdobramentos decorrentes das fases anteriores.
Fonte: ClickPB e Polêmica Paraíba - Publicado por: Amara Alcântara
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