Arma encontrada na casa da deputada Flordelis foi usada para matar pastor, diz Polícia Civil
O marido de Flordelis foi morto no dia 16 de junho depois de chegar em casa, em Pendotiba, Niterói
© Reprodução / Facebook
O Instituto de
Criminalística Carlos Éboli (ICCE), da Secretaria de Polícia Civil do
Rio de Janeiro, confirmou que a arma encontrada na casa da deputada
Flordelis (PSD), após a morte do pastor Anderson do Carmo, foi usada no
crime. O marido dela foi morto no dia 16 de junho depois de chegar em
casa, em Pendotiba, Niterói, na região metropolitana do Rio, na
companhia da deputada. O casal tinha ido jantar.
Naquele dia, a deputada contou que no trajeto para casa
percebeu que o carro do casal estava sendo seguido por duas motos. Ainda
segundo Flordelis, depois de entrar em casa, o marido voltou à garagem,
onde foi atingido por tiros.
Durante depoimento à titular da
Delegacia de Homicídios de Niterói e São Gonçalo (DHNSG), Bárbara Lomba,
responsável pelo inquérito, Flávio, filho biológico da deputada
confessou ter dado seis tiros no pastor. Ele e o irmão adotivo Lucas
estão presos temporariamente na DHNSG. O período da prisão temporária
dos dois termina esta semana e pode ser renovado por mais um mês.
Nesta terça-feira (16), quando completa um mês da morte do pastor Anderson, a parlamentar
postou uma mensagem no seu perfil no Facebook. “Minhas fotos ao lado
dele foram sempre felizes e sorrindo... infelizmente, hoje dói! Dói a
dor da perda, a dor da saudade, a dor da falta que ele me faz. UM MÊS
SEM MEU NIEL! Te amarei eternamente!”
O advogado Ângelo Máximo,
que defende a família de Anderson, disse em entrevista à Agência Brasil
que os parentes ainda não tiveram acesso às investigações, porque não
foi constituída como assistente de acusação, uma vez que isso só ocorre
no decorrer da ação penal se for apresentada denúncia pelo Ministério
Público com a finalização do inquérito policial.
A família,
segundo ele, vem acompanhando o caso pela imprensa e as novas
informações como a confirmação pela polícia civil sobre a arma do crime.
“Teve o laudo da arma, teve a pulseira que apareceu no o pulso da
deputada que disse que tinha sido roubada junto com celulares, parece
que tem outro laudo que mostra que os cachorros não foram sedados, se
não saiu este laudo está por sair, ou seja, pessoas conhecidas estavam
no local e por isso os cachorros não latiram. Tem o laudo da fogueira
que está para sair também, de coisas da fogueira no local onde não foi
nada queimado”, disse.
A assessoria de imprensa da deputada
informou que, por causa do sigilo das investigações, Flordelis não está
fazendo declarações aos jornalistas e, por isso, não faria comentários
sobre o caso e nem a confirmação da arma usada no crime. O advogado
Fabiano Migueis, que presta assessoria jurídica a parlamentar disse à
Agência Brasil que, atualmente, ela presta informações à polícia na
qualidade de testemunha.
Migueis disse que a conclusão sobre a
arma usada no crime ter sido encontrada na casa da deputada é uma prova
técnica e, a princípio, Flordelis respeita o trabalho da polícia e
aguarda a resolução do caso. “Não tem o que contestar. É uma prova
técnica. Se houver alguma contestação cabe à defesa do Flávio, porque a
indicação é de que essa arma é do Flávio. A deputada não tem o que
falar”, disse.
Ainda conforme o advogado, Flordelis continua com a
opinião de que os filhos não estão envolvidos no crime. “Ela não
acredita e desconhece qualquer motivo que tenha ocasionado uma
discordância na família, porque a família vivia em total harmonia.
Agora, se depois das investigações o inquérito apontar que o responsável
é um ou mais filhos, ela vai respeitar”.
Migueis também criticou o
advogado da família do pastor, que para ele, não tem acesso às
investigações e para a deputada “quer holofote”. De acordo com Migueis, a
deputada considera que o advogado não tem credibilidade e atrapalha a
investigação.
Também por questão de sigilo, a delegada Bárbara Lomba também não respondeu aos questionamentos da reportagem.
Notícias ao Minuro com informações da Agência Brasil
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