Governador João Doria adverte que o Brasil precisa de “mais Moros e menos Lulas”
Ao
condecorar, na última sexta-feira (28), o ministro da Justiça, Sergio Moro, com a Ordem do
Ipiranga, no grau de grã-cruz, o mais elevado, o governador de São
Paulo, João Doria (PSDB), exaltou a atuação do homenageado como juiz na
Operação Lava-Jato e a parceria feita com ele, já ministro, para a
transferência de líderes do PCC (Primeiro Comando da Capital) que
estavam em penitenciárias do Estado. “O Brasil precisa de mais Moros e
menos Lulas”, discursou Doria, enfatizando que foram os governos
petistas que contribuíram para assaltar os cofres públicos e roubar a
consciência de brasileiros. Comentando o antagonismo entre Lula e Moro, o
governador frisou: “Não foi uma batalha pessoal de um contra o outro.
Se houve uma causa na prisão de Lula, foi a causa da verdade contra a
mentira. E, para o bem do Brasil, venceu a verdade, venceu o Brasil,
venceu Sergio Moro”.
O
ministro, por sua vez, disse que nas últimas semanas tem sofrido vários
ataques, referindo-se às reações ao vazamento de mensagens trocadas por
ele quando era juiz da Lava-Jato com o procurador Deltan Dallagnol. Moro
classificou o episódio das mensagens como “um falso escândalo” e disse
que a Lava-Jato faz parte do seu passado, mas foi um passo decisivo para
combater “um padrão de impunidade da grande corrupção” no Brasil. Ao
comentar os recursos recuperados após o trabalho da Lava-Jato, Doria
disparou contra o partido do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
–
Graças à operação Lava-Jato o Brasil está recuperando mais de R$ 13
bilhões desviados pela corrupção de governos petistas, de corrupção de
governos do PT – sublinhou. O governador se referiu à entrega da medalha
a Moro como “um momento histórico” para São Paulo, chamando o ex-juiz
de “grande patriota” e “grande brasileiro”. E prosseguiu: “Se não fosse
esse homem, liderando um grupo de patriotas, com juízes,
desembargadores, promotores, nós não teríamos a Lava-Jato no Brasil e
não teríamos trancafiados em prisões aqueles que usurparam, roubaram e
enganaram os brasileiros”. Doria disse ainda que “o início de um esquema
criminoso foi em São Paulo” e recordou, sem citar o nome do
ex-presidente Lula, que o “tríplex” do Guarujá e o sítio de Atibaia
ficam no Estado. O ex-presidente foi condenado em processos relativos
aos dois imóveis, respectivamente, adquiridos em transações que teriam a
participação da empreiteira Odebrecht.
Fonte: Os Guedes - Publicado por: Adriany Santos
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