‘O PRESIDENTE SERÁ CANDIDATO À REELEIÇÃO’: Moro nega possibilidade de candidatura em 2022
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Imagem: Cláudio Reis/Estadão Conteúdo |
Sergio Moro disse nesta sexta-feira (5) que o candidato do governo nas eleições de 2022 será o presidente Jair Bolsonaro (PSL).
Em evento voltado ao mercado financeiro hoje, o
ministro da Justiça e Segurança Pública foi questionado sobre concorrer
ao cargo.
Moro
afirmou que ainda acha muito cedo para tratar do assunto, mas, visto
que o próprio Bolsonaro já se manifestou sobre o tema, ele gostaria de
reforçar o apoio à reeleição do presidente.
“O candidato do
governo vai ser o presidente à reeleição. Então, não tem sentido [falar
em candidatura dele]”, afirmou o ministro, ao responder se ele pensava
em concorrer à Presidência da República. A pergunta foi recebida com
aplausos pela plateia.
“Mas
eu não falei em 2022”, continuou a interlocutora, jornalista Natuza
Nery. O ministro, no entanto, não respondeu. Grande parte do público
mostrou entusiasmo diante da possibilidade, com gritos de “presidente”
entre os aplausos.
Moro não vê ilicitude em novas mensagens divulgadas
Mais
cedo, no mesmo evento, Moro afirmou que não há ilicitude nas últimas
mensagens reveladas pela revista Veja e pelo site The Intercept Brasil
na madrugada desta sexta-feira (5). Sem confirmar a autenticidade, o
ex-magistrado afirmou que as mensagens foram “tiradas de contexto” e
acusou a imprensa de sensacionalismo.
“Eu respeito muito a
imprensa, mas acho que ali teve um erro de procedimento. Eu não tive
direito de resposta, não apresentaram estas mensagens antes para que nós
pudéssemos avaliar”, afirmou o ministro em um evento voltado ao mercado
financeiro em São Paulo na manhã desta sexta.
De
acordo com novos diálogos revelados, Moro teria alertado o coordenador
da força-tarefa da Operação Lava Jato, Deltan Dallagnol, que o MPF
(Ministério Público Federal) não havia incluído uma informação
considerada importante por ele na denúncia de um réu, entre outros
pedidos considerados impróprios aos procuradores.
Moro
voltou a reiterar que não tem como confirmar a veracidade das
mensagens, mas afirmou que, caso sejam dele, não há nada de ilícito no
conteúdo divulgado. “Eu não posso confirmar a autenticidade, mas posso
verificar fatos”, afirmou Moro. Segundo ele, não houve qualquer quebra
da imparcialidade.
“A revista fala que eu mandei uma mensagem
pedindo urgência do MP para se manifestar sobre um pedido de revogação
de prisão preventiva. Uma mensagem de 17 ou 16 de fevereiro, dia 19
começa o recesso. Se for autêntica, eu estaria pedindo: preciso da
manifestação para decidir o pedido. O que tem de ilícito de uma mensagem
dessa espécie? Pelo contrário”, argumentou o ex-juiz.
Moro falou
ainda que este é um “assunto desagradável e repetitivo” que tem sido
tratado com sensacionalismo pela imprensa. “[A publicação] pega uma
mensagem que a gente não sabe nem se é autêntica e cria um contexto
totalmente falso”, declarou Moro.
“Pelo menos tenham a
honestidade, se quer produzir uma matéria dessa, de disponibilizar as
mensagens antes e não construir narrativas”, declarou o ministro. “Outra
questão: analise os fatos, vá aos processos. Me acusar de incluir um
fato em uma acusação para depois eu absolver [o réu]… é só jornalista
olhar o processo.”
Fonte: UOL - Créditos: Lucas Borges Teixeira
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