Saques do Fundo de Garantia sobre Tempo de Serviço devem injetar R$ 30 bilhões na economia
O governo refaz as contas e acredita que os saques do FGTS devem injetar R$ 30 bilhões na economia
© Fabio Rodrigues Pozzebom / Agência Brasil
BRASÍLIA, DF
(FOLHAPRESS) - O ministério da Economia refez os cálculos e agora espera
liberar aproximadamente R$ 30 bilhões com a flexibilização de saques do
FGTS. Nesta quarta-feira (17), o ministro Paulo Guedes (Economia) citou
um número maior. Segundo ele, a medida movimentaria R$ 42 bilhões.
Segundo fontes da equipe econômica, há basicamente duas
propostas elaboradas pela pasta e a decisão ficará com o presidente Jair
Bolsonaro.
A primeira delas libera saques tanto para contas
ativas como para inativas, sempre no aniversário da pessoa. A
flexibilização será escalonada de acordo com o montante guardado. Quem
tem menos vai poder sacar um percentual maior.
Nesse caso, a ideia
é que o trabalhador possa sacar um percentual do FGTS todo ano. Dessa
forma, o governo tenta evitar situações em que empregados chegam a
acordos com patrões para serem demitidos e receberem os recursos. A
segunda proposta, mais simples, é flexibilizar os saques apenas para as
contas inativas, e apenas uma vez (a exemplo do que ocorreu no governo
Temer).
De qualquer forma, o governo adota um tom de cautela na
análise sobre o assunto para que, mesmo com as alterações, seja
garantido financiamento do FGTS para o setor imobiliário (um dos
destinos dos recursos). A premissa é seguida pela equipe econômica
principalmente pelo cenário de baixos investimentos no país. Uma das
preocupações é o programa Minha Casa Minha Vida, que recebe recursos do
FGTS. O ritmo de execução tem levado parlamentares a reclamarem ao
ministério da Economia sobre o andamento do programa habitacional. Já
para o PIS/Pasep, a liberação deve ser bem mais tímida.
Os saques devem ficar entre R$ 1 bilhão e R$ 2 bilhões. O governo
planeja usar o restante das contas paradas (cerca de R$ 20 bilhões) como
receita do Tesouro. A medida dependeria de aval do Congresso.
Economia ao Minuto
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