Justiça mantém desembargadores em processo do ex-presidente Lula sobre sítio em Atibaia
Lula foi condenado a 12 anos e 11 meses de prisão na ação penal sobre as reformas realizadas na propriedade
© Reuters
O Tribunal Regional
Federal da 4ª Região (TRF4) negou nesta quinta-feira (18) pedido feito
pela defesa do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva para afastar os
desembargadores João Pedro Gebran Neto e Thompson Flores do julgamento
do processo sobre o sítio em Atibaia (SP).
Em fevereiro, Lula foi condenado a 12 anos e 11 meses de
prisão na ação penal sobre as reformas realizadas na propriedade. Após a
sentença, a defesa recorreu da decisão e também disse que os dois
magistrados devem ser afastados do julgamento do caso por não serem
imparciais.
De acordo com os advogados, Thompson Flores não pode
julgar o caso por ter dado declarações à imprensa, quando ocupou cargo
de presidente do TRF4, sobre o caso do triplex do Guarujá (SP), outro
processo em que Lula foi condenado. Além disso, a defesa disse que o
desembargador interferiu ilegalmente ao anular a decisão do
desembargador Rogério Favreto, que mandou soltar o ex-presidente no ano
passado.
Sobre Gebran Neto, a defesa disse que ele tem relação
íntima com o ex-juiz Sergio Moro, que atuou no processo antes da
sentença proferida pela juíza Gabriela Hardt.
Por unanimidade, ao
analisar o caso, a Quarta Seção entendeu que Thompson Flores se
manifestou na condição de ex-presidente para apoiar o cumprimento das
decisões do tribunal. No caso de Gebran Neto, o colegiado decidiu
arquivar a petição por entender que a defesa protocolou o pedido fora do
prazo processual.
Lula está preso desde 7 de abril do ano passado pela primeira condenação no caso do triplex em Guarujá (SP).
Notícias ao Minuto com informações da Agência Brasil
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