‘PEDI PARA NEYMAR PARAR, ELE NÃO PAROU’: Modelo detalha acusação de estupro e diz ter provas da agressão
A
modelo que acusa o jogador Neymar de estupro, Najila Trindade Mendes de
Souza, concedeu a primeira entrevista na noite desta quarta-feira, 5,
ao SBT Brasil, ela firmou que que pediu para Neymar parar o ato sexual,
mas que o jogador não parou.
“Ele
me virou, cometeu o ato e eu pedi pra ele parar. Enquanto ele cometia o
ato, ele continuava batendo na minha bunda violentamente. Eu virei
depois, tudo muito rápido, em questão de segundos, depois me virei”,
disse.
Najila diz ter provas de agressão
Fui vítima de estupro. Agressão juntamente com estupro.
Primeiro
que ele não estava acreditando totalmente em mim, e eu senti
preconceito da parte dele. Porque ele disse para mim: ‘é, você vai ter
que cortar a unha, teremos que levar isso pra frente’. Deu a entender
que ‘você não foi estuprada, você fez porque quis, então não vou colocar
essa parte’. Eu tenho as provas, você me mostrou as provas da agressão,
que foram as fotografias. Acho que ele só acreditou porque ele viu a
foto que o próprio Neymar mandou para mim, machucada.
Como se conheceram
Através
de uma rede social, no Instagram. Eu mandei uma imagem pra ele, não era
um nude meu. Era um texto. E ele respondeu. Nós começamos a trocar
mensagens. Depois de um tempo, ele pediu meu WhatsApp e eu passei.
Naquele momento, (as conversas sexuais) no WhatsApp. Meu intuito era ter
uma relação sexual com ele.
Ele (pagou a passagem). Ele
(do hotel). Era intuito sexual, desejo meu, ficou até claro isso para
ele. Eu fui com a passagem. Levei (dinheiro meu). Fui com expectativa de
ficar, encontrar com ele e realizar um desejo meu. Obviamente, sim,
estava preparada. Era (o sexo).
Encontro com Neymar
Eu
vou pro hotel, ele me manda mensagem falando que ia para uma festa e
que ia passar antes praa me dar um beijo, cumprimentar, antes de ir pra
festa.
Eu tinha um desejo de ficar com Neymar. Quando
cheguei lá, tava tudo bem, tudo legal, eu ia conseguir. Mas quando
cheguei lá, ele estava agressivo, totalmente diferente daquele cara que
conheci nas mensagens. Até aí, tudo bem. Como tinha muita vonta de de
ficar com ele, falei o que: vou tentar manejar aqui.
A
gente começou a trocar carícias, ficar, se beijar. Aí ele me despiu,
até aí foi consensual, tudo bem. Depois, ele começou a me bater: nos
primeiros, eu falei ‘ok, tava tudo certo’, mas aí começou a machucar
muito.
Eu falei ‘para, está doendo’. Ele falou desculpa.
Ok, continuamos. Deitados na cama, rolando, eu falei: ‘você trouxe
preservativo?’Eu não tenho’.
Ele disse que não, e eu falei que não aconteceria nada além daquilo. Ele não respondeu, e nós continuamos.
Ele
me virou, cometeu o ato e eu pedi para ele parar. Enquanto ele cometia o
ato, ele continuava batendo na minha bunda violentamente. Eu virei
depois, tudo muito rápido, em questão de segundos, depois me virei.
Eu falei para, para, não. Eu falei.
Ele não se comunicava muito, ele só agiu.
Estava (preparada para relação sexual consensual).
A
partir do momento em que ele se tornou agressivo, a partir do momento
que perguntei se ele tinha levado preservativo, ele falou que não e eu
disse que não podíamos (fazer sexo).
Com o silêncio, eu
entendi concordância. Quando ele me virou, ele já foi cometendo o ato,
ele não entrou em um acordo. Ele tinha entendido que não iriamos além
daquilo que estávamos fazendo.
Ele me segurou violentamente, me batendo, me obrigando a ficar lá. Foi sem preservativos que aconteceu a relação sexual.
Quando
saí da cama, fui pro banheiro, não acreditei. Foi uma decepção. Não
consegui falar, xingar, nada. Só fiquei em estado de choque.
Depois, ele levantou, foi pro banheiro e, quando entrou por uma porta, eu saí pela outra.
Porque
primeiro que tive que assimilar tudo. Todo o acontecimento. Quando ele
saiu do quarto, eu comecei a entender tudo que aconteceu comigo e como
ele foi estupido, como foi ruim, como me violou e violentou.
Modelo nega extorsão e quer justiça
Eu
quis a minha justiça. Não acho que só porque estava afim de ficar com
ele que ele tinha que fazer aquilo comigo. No primeiro momento, não
consegui reagir devido aos traumas, mas depois eu sabia que, se não
falasse normalmente, ele não iria mais falar comigo. Não teria como
provar o que ele fez comigo.
Da minha parte, não (tentativa de extorsão). Inclusive, porque tomei essa decisão ele (ex-advogado) decidiu abandonar o caso.
Não,
ele falou que ia fazer uma reunião com advogados dele (Neymar) para
falar e levar até eles o que estava acontecendo. Não (receber
compensação financeira). Eu quero justiça, ele me fez muito mal e estou
traumatizada por isso. Quero que ele pague pelo que ele fez.
Eu
tenho consciência que o que aconteceu representa para mim uma questão
de honra. Ele não precisava ter feito aquilo comigo. Eu já estava ali
para isso, para aquilo, era um desejo meu, sou livre, desimpedida,
iríamos ficar, eu ia voltar para casa e tudo certo.
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