Cantora Lucy Alves fala da fase pop, sem abandonar as raízes: ‘Quero sensualizar mesmo’
Você
não precisa esquecer a menina da sanfona Lucy Alves que estourou no
país após participar da segunda temporada do “The voice Brasil”. Mesmo
que em “Mexe mexe”, seu novo single, a cantora tenha optado por tirar o
peso dos instrumentos do ombro (mas tirou só no clipe, já que a sanfona
ainda está presente no som) e investir em batidas de balada pop e
coreografia.
—
Sou compositora e as minhas músicas são sobre o que estou vivendo.
Sempre falo que sou uma grande retirante nordestina nessa cidade, e
estou sempre aprendendo, fazendo novos amigos, e me adaptando. Estou na
minha fase mais cosmopolita. Tenho viajado bastante, recebo outras
influências.
O
meu perfil multi-instrumentista está presente. A batida, por exemplo,
foi feita em cima do som da zabumba — diz Lucy, que analisa: — Este é o
som do Nordeste novo, pulsante, de uma galera jovem que se permite
misturar. Causa estranheza no início, mas o feedback é positivo porque
as pessoas percebem que a mudança é genuína e está dentro de mim.
Na
foto de divulgação do single, Lucy aparece vestindo apenas botas de
cano alto e a sanfona tampando o restante do corpo, enquanto pisa em uma
terra que veio da Paraíba, seu estado natal, para o ensaio. A natural
sensualidade também é explorada no clipe, feito com cores quentes, e
explorando frames em que a cantora aparece ora de lingerie, deitada numa
cama, ora nua apenas enrolada em pisca-pisca.
—
O que a gente queria explorar na capa era que ali estou na minha
essência nua e crua. Vai além do corpo. É minha alma nordestina. O álbum
que está por vir fala de amor e estou nessa fase em que quero
sensualizar mesmo. Estou aí, solta, livre, mais madura, com mais certeza
do que quero. As pessoas dizem que eu sou meio selvagem, nesse sentido
de fazer o que quero, sem ser domada — diz a cantora, que também vive um
momento livre, leve e solta na vida pessoal: — Solteira, sim. Sozinha,
não (risos).
Os indícios de que uma guinada mais pop por parte de
Lucy estava por vir já poderia ser notado na música “Caçadora”, lançada
em abril de 2017. De lá para cá, a cantora viu críticas de que estaria
abandonando seu estilo.
— Eu não abandonei as minhas raízes. Eu
toco sanfona, tenho meu sotaque, isso faz parte do meu repertório.
Sempre defende que se você quer tocar Charlie Brown Jr com a sanfona, ou
fazer um cover de Nirvana, que toque. Arte é liberdade. Nunca vou parar
de me inventar, isso que me move. Pessoal, eu sou a mesma, só estou
trazendo algo novo — defende Lucy.
Fonte: Extra
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