‘Padrão da Casa é baixaria depois das 18h, né?’: Guedes se irrita durante comissão sobre Reforma da Previdência
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A
declaração ocorreu depois que a deputada Perpétua Almeida (PCdoB-AC)
mencionou, durante seu tempo de fala, o suposto envolvimento de Guedes
na operação. “Não posso ser acusado do que vários companheiros da
deputada Perpétuo estão sendo. Se eu googlar [buscar no Google] dinheiro
na cueca, vai sair coisa”, criticou.
O
titular da pasta de Economia afirmou que não iria reagir “nem à ameaça
nem à ofensa”. Contudo, destacou: “Já fui ameaçado de crime de
responsabilidade fiscal, entrar no Google para pegar ‘coisas minhas’. Já
estou compreendendo um pouco mais como funciona a Casa, então não vou
reagir nem à ameaça nem à ofensa”.
Com o atrito entre Guedes e
parlamentares, o presidente da comissão, Marcelo Ramos (PR-AM), voltou a
intervir no andamento da sessão desta quarta-feira (08/05/2019). O
deputado pediu ao economista e ao colegiado que não falassem sobre outro
assunto que não a Previdência. “Me fragiliza exigir isso de novo.
Fragiliza a Mesa”, lamentou.
Discussão da matéria
Na
segunda visita de Guedes à Casa, parlamentares a favor da reforma
defenderam a aprovação da medida e destacaram a necessidade de manter
intacta a espinha dorsal do texto encaminhado ao Congresso pelo
Executivo federal. Ou seja, mesmo com eventuais alterações em alguns
pontos do projeto, a projeção de o governo economizar R$ 1 trilhão em 10
anos deve ser mantida.
A líder do governo Bolsonaro (PSL) no
Congresso, Joice Hasselmann (PSL-SP), afirmou que a população já está
consciente de que mudanças são necessárias. “O Brasil não aguenta mais
puxadinho, queremos um projeto robusto, com R$ 1 trilhão”, destacou.
Como
uma maneira de desmistificar trechos da PEC que são atacadas pelo
colegiado, a deputada questionou o ministro sobre o Benefício de
Prestação Continuada (BPC), a capitalização e a pensão em casos de
morte.
Para Filipe Barros (PSL-PR), há muitas notícias falsas
acerca dos números referentes ao impacto econômico da reforma. “Ouvimos
muita fake news aqui, muito blablablá. O atual sistema vai manter a
população pobre, vai manter os privilégios e um dos privilégios é a
aposentadoria dos deputados”, disse.
Em
um comparativo com o Chile, um dos países que adotaram um sistema de
capitalização na Previdência, o líder da oposição, Alessandro Molon
(PSB-RJ), atacou a proposta de reformulação da aposentadoria dos
brasileiros apresentada pela atual gestão federal. “Não somos contra por
razão filosófica apenas, é porque não dá certo. Não deu certo em lugar
nenhum”, justificou.
Molon criticou, ainda, os números divulgados
pelo governo que, segundo ele, estariam errados. Guedes, por sua vez,
defendeu os técnicos que trabalharam nos dados. “Eu estou com a minha
equipe. Ela pode errar, eu vou averiguar, mas acho improvável. Era um
grupo muito bom”, afirmou o ministro da Economia.
Fonte: Metrópoles
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