sexta-feira, 12 de abril de 2019

Suíça devolve ao Brasil 324 milhões de euros confiscados pela Justiça

Fortuna incrível é devolvida pela Suíça ao Brasil apreendida pela Lava Jato no caso de corrupção que envolve Petrobras e Odebrecht



A Suíça anunciou na última terça-feira, 09, que devolveu ao Brasil 324 milhões de euros que haviam sido confiscados pela Justiça em relação ao caso de corrupção que envolve as empresas Petrobras e Odebrecht. Em 2014, a operação “Lava Jato” revelou um esquema de desvio de dinheiro público orquestrado entre políticos, empresários e funcionários da Petrobras que teve ramificações em outro países através da empreiteira.
Desde abril de 2014, o Ministério Público suíço investiga o caso, “em particular as suspeitas de lavagem de dinheiro com agravante e, em muitos casos, as suspeitas de corrupção de agentes públicos estrangeiros”, afirma um comunicado. De acordo com o Ministério Público da Confederação (MPC), existem 70 processos penais em curso.
“Até agora a Suíça devolveu cerca de 365 milhões de francos suíços a favor dos prejudicados no Brasil, com o consentimento das pessoas autorizadas”, afirmou a promotoria. “As últimas devoluções, de 9 milhões de francos suíços, aconteceram no fim de março”.
Centenas de milhões de francos suíços, no entanto, permanecem bloqueados na Suíça.
De acordo com o MPC, que trabalha em cooperação com o Ministério Público brasileiro, os bens patrimoniais congelados pelas autoridades suíças somam quase 700 milhões de francos.
Cooperação
Na última segunda-feira, 08, o Procurador-Geral da Suíça, Michael Lauber, e a Procuradora-Geral do Brasil, Raquel Dodge, se encontraram em Brasília para assinar uma declaração conjunta de compromisso em continuar e intensificar a cooperação.
Mais de 130 empresários e políticos foram condenados no Brasil pelo caso, acusados de envolvimento em propinas políticas e lavagem de dinheiro na Petrobras e na Odebrecht. O ex-presidente brasileiro Luiz Inácio Lula da Silva está cumprindo uma sentença de 12 anos de prisão.
Cerca de 15 processos criminais abertos na Suíça foram repassados às autoridades brasileiras. O caso também atingiu os principais operadores globais de commodities baseados na Suíça.
Os suíços estão ajudando os promotores brasileiros a investigar supostos vínculos de suborno e corrupção com a Vitol, a Trafigura e a Glencore.
Logo da Odebrecht em frente a sede da empresa em São Paulo
Fonte: exame.abril.com.br

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