Fortuna incrível é devolvida pela Suíça ao Brasil apreendida pela Lava Jato no caso de corrupção que envolve Petrobras e Odebrecht
A
Suíça anunciou na última terça-feira, 09, que devolveu ao Brasil 324 milhões de
euros que haviam sido confiscados pela Justiça em relação ao caso de
corrupção que envolve as empresas Petrobras e Odebrecht.
Em 2014, a operação “Lava Jato” revelou um esquema de desvio de dinheiro
público orquestrado entre políticos, empresários e funcionários da
Petrobras que teve ramificações em outro países através da empreiteira.
Desde
abril de 2014, o Ministério Público suíço investiga o caso, “em
particular as suspeitas de lavagem de dinheiro com agravante e, em
muitos casos, as suspeitas de corrupção de agentes públicos
estrangeiros”, afirma um comunicado. De acordo com o Ministério Público
da Confederação (MPC), existem 70 processos penais em curso.
“Até agora a Suíça devolveu cerca de 365
milhões de francos suíços a favor dos prejudicados no Brasil, com o
consentimento das pessoas autorizadas”, afirmou a promotoria. “As
últimas devoluções, de 9 milhões de francos suíços, aconteceram no fim
de março”.
Centenas de milhões de francos suíços, no entanto, permanecem bloqueados na Suíça.
De acordo com o MPC, que trabalha em
cooperação com o Ministério Público brasileiro, os bens patrimoniais
congelados pelas autoridades suíças somam quase 700 milhões de francos.
Cooperação
Na última segunda-feira, 08, o
Procurador-Geral da Suíça, Michael Lauber, e a Procuradora-Geral do
Brasil, Raquel Dodge, se encontraram em Brasília para assinar uma
declaração conjunta de compromisso em continuar e intensificar a
cooperação.
Mais de 130 empresários e políticos
foram condenados no Brasil pelo caso, acusados de envolvimento em
propinas políticas e lavagem de dinheiro na Petrobras e na Odebrecht. O
ex-presidente brasileiro Luiz Inácio Lula da Silva está cumprindo uma
sentença de 12 anos de prisão.
Cerca de 15 processos criminais abertos
na Suíça foram repassados às autoridades brasileiras. O caso também
atingiu os principais operadores globais de commodities baseados na
Suíça.
Os suíços estão ajudando os promotores
brasileiros a investigar supostos vínculos de suborno e corrupção com a
Vitol, a Trafigura e a Glencore.
Fonte: exame.abril.com.br
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