Diferença nos preços dos ovos de chocolate nesta Páscoa chega a 83%, revela Procon-SP
Redução nos preços foi encontrada somente nos bolos pascais, que tiveram queda de 2,11%

© José Cruz/Agência Brasil
A diferença nos preços dos
ovos de chocolate nesta Páscoa chega a 83,4%, segundo levantamento do
Procon na cidade de São Paulo. Quem optar pelas barras de chocolate e
caixas de bombom também vai ter de pesquisar - os preços de um mesmo
produto variam até 80% entre as lojas pesquisadas.
A pesquisa do Procon-SP, que visitou dez supermercados e lojas
da capital no fim de março, avaliando 177 itens, mostra ainda que houve
aumento de 5,89% nos preços dos ovos de Páscoa. Redução nos preços foi
encontrada somente nos bolos pascais, que tiveram queda de 2,11%.
A
maior variação de preço foi registrada no ovo Surpresa LOL, de 150 g,
da Nestlé, encontrado por R$ 39,80, no Andorinha Supermercado, e por R$
74,99, nas Lojas Americanas. Um tablete Hershey's Air, de 100 g, vendido
por R$ 2,99, no Carrefour, chega a R$ 5,65, no Extra.
Mudança de comportamento
Para
fugir dos preços dos ovos, mas garantir o chocolate na Páscoa, a cada
ano mais consumidores optam pelas barras. Pesquisa do Google Survey, que
coletou respostas de 500 pessoas em fevereiro de 2019, em questionários
virtuais, mostra que nos últimos três anos, 49% dos consumidores
trocaram os ovos pelas barras de chocolate; 44% optaram por chocolates
mais baratos e somente 1% dos brasileiros manteve os tradicionais ovos
na lista de compras para a época - as respostas foram computadas de modo
a haver equilíbrio de sexo, idade e local de origem do entrevistado.
O
estudo revela que, ainda assim, 85% dos internautas entrevistados vão
celebrar a data e 80% pretendem comprar chocolates para a ocasião em
2019.
Nesta época, o site de buscas afirma que a procura por
marcas de chocolate aumenta de 30% para 45%. Destes interessados, 83%
são mulheres e 51% têm filhos pequenos - a maioria (39%) tem entre 25 e
34 anos.
Indústria otimista
Para a
Associação Brasileira das Indústrias de Chocolates, Amendoim e Balas
(Abicab), a troca de produtos não põe em risco esse mercado. "A tradição
ainda é mantida por muito dos brasileiros e é complementada com o
chocolate tradicional", afirma Ubiracy Fonsêca, presidente da Abicab.
A
indústria de chocolate está otimista com a Páscoa deste ano. Depois de
produzir mais de 11 mil toneladas de ovos e produtos de Páscoa em 2018,
número 26% maior que o registrado no ano anterior, o setor prevê novo
crescimento em 2019.
"Estamos
confiantes. O mercado de chocolate volta a ganhar penetração nos lares
brasileiros com maior consumo das figuras de Páscoa, como também de
produtos regulares", diz Fonsêca.
Segundo a Abicab, para atender à
demanda de Páscoa deste ano, as indústrias e o varejo abriram mais de
18 mil vagas de empregos temporários.
Sobre o aumento no preço dos
produtos relacionados à época, Fonsêca afirma que o preço do chocolate é
afetado por diferentes fatores, e não somente pelo custo do cacau: o
preço do açúcar e do leite, por exemplo, assim como a variação do dólar,
contratações, distribuição e impostos, também influenciam a formação do
preço.
Em todo o ano de 2018, o setor de chocolates faturou R$
13,3 bilhões no Brasil, segundo dados do Euromonitor. No País, os
principais fabricantes de chocolate e derivados gera mais de 42 mil
empregos diretos.
No ano passado, houve aumento de 6,5% na produção de chocolate, com total de 671 mil toneladas de chocolates produzidas.
Economia ao Minuto
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