quarta-feira, 24 de abril de 2019

Julgamento do recurso de Lula

Superior Tribunal de Justiça monta estrutura para julgamento de recurso do ex presidente Lula

A expectativa dentro do Superior Tribunal de Justiça (STJ) era a de que a Corte manteria a condenação de Lula, mas reduziria sua pena


STJ monta estrutura para julgamento de recurso de Lula
Segundo a reportagem apurou, a expectativa dentro do Superior Tribunal de Justiça (STJ) era a de que a Corte manteria a condenação de Lula, mas reduziria a sua pena, o que pode levá-lo à prisão domiciliar. No entanto, um pedido de vista poderia interromper a discussão, segundo um ministro ouvido reservadamente sob a condição de anonimato.
A assessoria de imprensa do tribunal informou que seriam reservados 50 assentos à imprensa para a cobertura jornalística do julgamento, mediante distribuição de senhas para os repórteres. Também haveria um telão em outro plenário para quem não conseguisse um assento no local do julgamento.
Foi permitido o ingresso de fotógrafos, "um por vez, acompanhado pela equipe de atendimento e por tempo limitado, seguindo a ordem de chegada", por determinação do tribunal. Cinegrafistas, no entanto, não puderam ingressar ao local.
Argumentos
A defesa de Lula pediu ao STJ que fosse anulada a condenação do petista no caso do triplex do Guarujá, que levou o ex-presidente à prisão, o sentenciando a 12 anos e um mês pelos crimes de corrupção e lavagem de dinheiro. Os advogados de Lula defendem que o órgão competente para julgar o caso é a Justiça Eleitoral.
Em derrota para a Lava Jato, o Supremo Tribunal Federal decidiu no mês passado que crimes como corrupção e lavagem devem ser julgados na Justiça Eleitoral se estiverem relacionados a caixa 2 de campanha.
Embora o petista não tenha sido condenado por caixa 2, a defesa alega que o processo menciona suspeitas de crime eleitoral, de que Lula teria liderado um esquema de arrecadação de valores a partidos políticos, que custearia campanhas eleitorais.
A possibilidade de Lula pedir a anulação do processo em função da decisão do STF já tinha sido aventada pela força-tarefa da Lava Jato, que foi contrária ao entendimento da Suprema Corte.
"Ainda que formalmente não tenha sido imputado ao Recorrente delito previsto no Código Eleitoral, materialmente é esse o contexto fático, pelo qual se extrai que toda a instrução processual foi realizada perante órgão jurisdicional absolutamente incompetente para tanto", alega a defesa de Lula.
O relator foi o ministro Felix Fischer, que já negou outros pedidos do petista.
Notícias ao Minuto

Nenhum comentário:

Postar um comentário