Supremo Tribunal Federal autoriza continuidade das obras de Transposição do Rio São Francisco para o Sertão da Paraíba
O
presidente do Superior Tribunal de Justiça (STJ), João Otávio de
Noronha, suspendeu uma decisão da segunda instância da Justiça Federal
que impedia a continuidade das obras no último trecho do Eixo Norte da
Transposição do Rio São Francisco. As obras vão beneficiar as cidades
paraibanas de Monte Horebe, São José de Piranhas e Cajazeiras.
As
obras do trecho estão 97% concluídas, segundo o site do Ministério do
Desenvolvimento Regional. Em fevereiro, o ministro titular da pasta,
Gustavo Canuto, disse em reunião com o governador do Ceará, Camilo
Santana, que as águas alcançariam o trecho final no estado até o segundo
semestre deste ano.
A decisão de 2016 do desembargador Souza
Prudente, do Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF1), que
interrompia as obras remanescentes para a conclusão do Eixo Norte, já
havia sido derrubada em 2017 pela então presidente do Supremo Tribunal
Federal (STF), ministra Cármen Lúcia.
Em
novembro do ano passado, porém, o atual presidente da Corte, ministro
Dias Toffoli, tornou sem efeito a suspensão da decisão, por entender que
caberia ao STJ, e não ao Supremo, deliberar sobre o assunto. Desde
então, uma situação de insegurança jurídica passou vigorar sobre a
execução das obras.
Ao recorrer ao STJ, a Advocacia-Geral da União
(AGU) argumentou haver risco de prejuízo milionário aos cofres públicos
em caso de desmobilização da mão de obra, uma vez que já havia ocorrido
o “início da execução do contrato, o qual vem atendendo aos marcos
estabelecidos no cronograma” do governo.
A AGU afirmou que “caso a
União seja obrigada por força de medida judicial a paralisar a obra, o
planejamento do Governo Federal para a resolução do racionamento hídrico
será afetado, prejudicando os cerca de 4,5 milhões de habitantes da
região metropolitana de Fortaleza”.
Ao
aceitar os argumentos da AGU, o ministro João Otávio de Noronha,
presidente do STJ, considerou “a importância das obras do eixo norte do
Projeto de Integração do Rio São Francisco, sob o prisma regional e
nacional, para a mitigação de situações adversas experimentadas no
Nordeste brasileiro”.
O ministro acrescentou que a interrupção das
obras, a seu entender, “além dos elevados custos sociais e econômicos,
afronta o interesse público e enseja grave lesão à ordem, à saúde e à
economia públicas”.
Fonte: Agencia Brasil - Publicado por: Ivyna Souto
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