Governador do Rio de Janeiro volta a defender uso de snipers na segurança pública
No fim de semana, o governador confirmou que snipers estavam sendo usados, mas que não havia divulgação porque tratam-se de ações sigilosas
© Fernando Frazão/Agência Brasil
O governador do Rio de Janeiro, Wilson Witzel, voltou a defender nesta terça-feira (2) o uso de snipers
na segurança pública. Em entrevista no fim de semana, ele disse que os
atiradores de elite já estavam atuando e motivou o Ministério Público do
Rio de Janeiro (MPRJ) a pedir explicações. Os promotores querem saber
se policiais civis ou militares estão executando pessoas portando fuzis e
oficiou os chefes das duas corporações na última segunda-feira (1).
O uso de snipers para matar pessoas portando fuzis
era uma das promessas de campanha do governador. Hoje, na Laad Defence
& Security, a maior feira de negócios da área de defesa e segurança
da América Latina, Witzel avaliou que não há conflito entre uma execução
por snipers e as garantias constitucionais, como o direito à vida e a
um julgamento justo, expressos também na Declaração dos Direitos Humanos
das Nações Unidas (ONU).
Witzel
disse que atenderá aos ofícios do MPRJ citando também leis em vigor.
"Vamos responder [ao MPRJ] aquilo que tem que ser respondido. A polícia
tem que usar os meios necessários para proteger a população", disse em
rápida entrevista à imprensa. “É legítima defesa da sociedade. Está no
Código Penal desde 1940".
No fim de semana, em entrevista ao jornal O Globo,
o governador confirmou que snipers estavam sendo usados, mas que não
havia divulgação porque tratam-se de ações sigilosas. O MPRJ abriu,
então, dois inquéritos civis para investigar as rotinas operacionais das
polícias
Na Laad, Witzel evitou comentar o roubo de uma arma no primeiro dia
da feira. Ele disse que não acessou o celular desde a chegada ao evento e
que não tinha atualizações sobre o caso. Uma pistola modelo APX Compact
9 mm foi furtada do estande da empresa multinacional Beretta Defense
Technologies, onde estava em exibição. Não há suspeitos identificados.
Brasil ao Minunto
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