Jornalista explica como funciona a ‘máquina de linchamentos virtuais’ de Jair Bolsonaro
O
governo de Jair Bolsonaro já deu mostras suficientes de que não mede
esforços e consequências para “atropelar” qualquer um que se mostre
adversário. Isso se evidenciou, até mesmo, antes de ganhar a eleição,
durante a campanha. Os métodos para obter êxito, frequentemente, fogem
completamente à ética.
O jornalista
Marlos Ápyus fez uma série de tuítes com o objetivo de explicar o
funcionamento da “máquina de linchamentos virtuais” de Bolsonaro. Vejam
alguns:
“Jair Bolsonaro levou para
dentro do Palácio do Planalto uma ‘máquina’ de promover linchamentos
virtuais e assassinar reputações de qualquer adversário externo ou mesmo
interno. Essa longa ‘thread’ irá explicar o problema a quem ainda não o
compreende.
O
combate às ‘fake news’ era uma preocupação anterior à campanha de 2018.
Tanto que Luiz Fux, na condição de presidente do TSE, habituou-se a vir
a público dizer que as eleições poderiam ser anuladas ‘por causa de
fake news’.
Mas antes, durante e
depois da campanha, observou-se um fenômeno que ia muito além da
proliferação de notícias falsas. Tocado por milhares de contas, as redes
sociais foram tomadas por hordas que assassinavam a reputação de alvos
específicos…
…até que a vítima
restringisse o acesso aos próprios perfis, calasse sobre o tema que deu
origem aos ataques ou, em casos mais graves, deixasse de fazer uso
público da internet como um todo. Esse nítido ato de censura é o que
chamamos aqui de ‘linchamento virtual’.
A
prática é abjeta. Além de tolher a liberdade de expressão do cidadão
brasileiro, dificulta a proliferação de informações valiosas, radicaliza
o debate político e afasta profissionais que agiam de boa fé – abrindo
espaço à má fé explícita.
Com a
reputação manchada, as vítimas chegam a perder empregos, enfrentam
dificuldade para se recolocarem no Mercado e, em casos extremos, como o
narrado por Gustavo Bebianno, vivem episódios depressivos que podem dar
fim à própria vida.
A insanidade,
contudo, parecia ter método. Porque os alvos tinham algo em comum: por
formarem opiniões contrárias ou se apresentarem como eventuais
adversários políticos, eram entendidos como obstáculos ao projeto de
poder de Jair Bolsonaro, atual presidente do Brasil.
As
vítimas podiam ser desde cidadãos comuns donos de uma opinião polêmica
que viralizou, passando por jornalistas que traziam informações ou
opiniões incômodas, e chegando até mesmo a presidenciáveis que, de tão
agredidos, desistiam do pleito.
Isso,
claro, levantou suspeitas de que o próprio Bolsonaro poderia estar por
trás dos ataques. Com o tempo, o noticiário forneceria fortes evidências
de que a suspeita tinha razão de ser.
Hoje,
resta evidente que a prática continuou mesmo após a posse do
presidente, voltando-se até mesmo contra membros do governo que de
alguma forma desagradam uma ala mais radical — justo a que toca os
linchamentos virtuais.
Qualquer
cidadão que surja como um obstáculo ao discurso político de Jair
Bolsonaro pode ser convertido em alvo de um linchamento virtual. Mas a
preferência clara é por jornalistas que apresentam fatos ou opiniões
incômodas.
Contudo, como surgirá nos
exemplos a seguir, nem membros do Governo Bolsonaro estão livres dos
ataques. Nem mesmo o vice-presidente da República.
Em
alguns casos, perfis falsos foram criados para ludibriar a opinião
pública, com o próprio presidente da República compartilhando o
resultado da fraude.
Criaram perfis
falsos ridicularizando o trabalho dos jornalistas Andreia Sadi, Reinaldo
Azevedo, Mônica Bergamo, Patricia Campos Mello e vários outros. O
próprio presidente da República seguia e compartilhava o resultado da
fraude”.
Fonte: Revista Fórum - Publicado por: Érika Soares
Porque vocês não vão exercer a liberdade de expressão na Venezuela , em cuba. Lá não e o paraíso da liberdade.
ResponderExcluirVocês, vírgula!
ExcluirNão faço parte desse time. Eu apenas copiei a matéria.