AMBIÇÃO: Ex-jogador de futebol é acusado de matar e esquartejar a irmã para ficar com herança
O
ex-jogador de futebol Luis Antônio de Medeiros Senna, de 45 anos, é
acusado pela Polícia Civil do Rio de ter assassinado a própria irmã, a
designer gráfica Samura Sento Sé Braz, de 34 anos, a facadas, na Ilha do
Governador, na Zona Norte, em meio a uma disputa pela herança deixada
pela mãe dos dois. Após esfaquear 30 vezes a irmã, Luis Antônio — que
teve passagens por equipes pequenas do Rio nos anos 1990 como Bangu e
Portuguesa — ainda esquartejou a vítima e tentou esconder o corpo,
segundo o relatório da investigação da Delegacia de Descoberta de
Paradeiros (DDPA) obtido com exclusividade pelo EXTRA.
Luis
Antônio teve a prisão temporária decretada pela Plantão Judiciário
nesta terça-feira. A delegada Elen Souto, titular da DDPA, pediu a
prisão do ex-jogador após descobrir que Luis Antônio fez um empréstimo
de R$ 11 mil para fugir do Rio. O acusado, agora, é considerado
foragido.
De
acordo com a investigação, Luis e Samura eram ambos filhos adotivos de
Antônia Sento Sé Senna, que morreu em agosto de 2014. De herança,
Antônia distribuiu os imóveis que possuía entre os filhos. A casa onde a
mulher morava com Luis e Samura, no bairro Jardim Carioca, na Ilha do
Governador, deveria ficar, segundo depoimentos de diversos parentes e
amigos, para a filha. Luis, entretanto, não se conformava com a divisão
dos bens e queria ficar com o imóvel, ainda segundo os depoimentos.
De
acordo com uma amiga de Samura que foi à delegacia, os irmãos brigavam
com frequência e “as brigas se davam por divergência acerca da herança
deixada pela genitora de ambos através de um testamento”. Ainda segundo o
depoimento, “o imóvel em que Samura e Luis residiam foi colocado no
nome de Samura, e Luis se recusava a deixar o imóvel alegando que ele
tinha direito”. Outros depoimentos de parentes da vítima confirmam as
brigas dos irmãos pela casa.
Samura não foi mais vista desde a
noite do último dia 13. O desaparecimento só foi registrado na delegacia
uma semana depois por amigos de Samura. Mesmo morando com a irmã, Luis
não procurou a polícia para informar sobre o desaparecimento. O cadáver
de Samura foi encontrado nos dias 16 e 17 na Praia do Rosa. No primeiro
dia, foi achado somente o tronco. No dia seguinte, os membros e a
cabeça. Segundo o laudo de necrópsia, Samura foi atingida por 30
facadas.
O ex-jogador foi ouvido na sede da especializada. O que
chamou a atenção dos investigadores da DDPA foram seis cortes na sua mão
esquerda que, segundo ele mesmo, foram feitos no mesmo dia do
desaparecimento de sua irmã. Luis deu, em depoimento, duas versões
diferentes para os cortes na mão: disse inicialmente que havia se
machucado durante uma pelada que havia jogado na favela de Manguinhos;
depois, afirmou que foi a um jogo do Flamengo no Maracanã e se envolveu
numa briga de torcida. Luis foi submetido a exame de corpo de delito.
Segundo o relatório da investigação, as lesões que sofreu não são
compatíveis com os fatos descritos pelo ex-jogador.
Fonte: Extra
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