Antecipação da restituição do Imposto de Renda pode ser muito arriscada; entenda
Muitos consideram essa uma boa saída para “desafogar” o orçamento

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Na reta final da entrega da
declaração do Imposto de Renda – o prazo termina em 30 de abril – muitos
brasileiros se interessam pela antecipação da restituição. Trata-se de
um empréstimo, portanto é preciso considerar os juros e ter certeza de
que não cairá na malha fina e acabará arcando com as parcelas do próprio
bolso.
Muitos
consideram essa uma boa saída para “desafogar” o orçamento, sem
considerar que se há um problema financeiro, não será a entrada
antecipada de dinheiro que irá resolvê-lo. A questão é mais profunda,
diz respeito aos hábitos e comportamentos que o levaram a precisar deste
empréstimo em primeiro lugar.
É claro que se o problema for uma
dívida com juros altos, maiores do que os da antecipação, é um bom
negócio, contudo é preciso ter consciência de que trocar uma dívida pela
outra não é a solução. Ainda assim, é importante fazer uma boa pesquisa
entre as instituições financeiras, já que as taxas variam muito.
A
vantagem da liberação rápida do dinheiro na conta corrente tem um
custo, que vai além dos juros: os riscos. Afinal, além de perder
dinheiro ao pagar as taxas, há a possibilidade de haver alguma
inconsistência na declaração e o valor devolvido pela Receita ser menor
do que o esperado, ou pior, a declaração cair na malha fina e o
contribuinte não receber essa restituição – esses fatos não mudarão em
nada o empréstimo tomado anteriormente, restando a quem tomou o
empréstimo parar pesados juros.
Ou seja, se for utilizar a
antecipação é preciso ter certeza de que a declaração está perfeita. Por
isso é válido ter cautela ao preencher e se organizar com antecedência,
separando documentos para que possa justificar o que está declarando.
Por se tratar de um relatório minucioso em alguns casos, é válido buscar
a assessoria de um especialista contábil.
Ainda assim, a
principal recomendação é que, antes de tomar qualquer decisão, o
contribuinte faça um diagnóstico financeiro para ter consciência de que
forma gasta o seu dinheiro e possa identificar pontos de melhoria, para
que não mais precise de rendas extras para manter o equilíbrio
financeiro.
Uma última orientação: os que vão receber a restituição no primeiro
lote precisam investir o valor em um fundo adequado para o prazo em que
se deseja atingir um objetivo, afinal de nada adianta manter uma quantia
destinada para a realização de um sonho de longo prazo na poupança, por
exemplo. Assim se tornaria mais vantajoso receber nos últimos lotes, já
que o governo paga as correções.
Economia ao Minuto
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