Presidente Jair Bolsonaro posta vídeo obsceno e internautas o acusam de cometer crime
Bolsonaro foi bastante criticado em festas de rua pelo Brasil durante o carnaval
© Isac Nóbrega/PR
Criticado em blocos de
carnaval Brasil afora, o presidente Jair Bolsonaro reagiu e usou o
Twitter para postar um vídeo escatológico para associar as festividades
de rua à obscenidade.
As imagens, feitas em um bloco de carnaval em São Paulo,
mostram um homem colocando o dedo no ânus e depois se abaixando para
outro indivíduo urinar em sua cabeça.
"Não me sinto confortável em
mostrar, mas temos que expor a verdade para a população ter
conhecimento e sempre tomar suas prioridades. É isto que tem virado
muitos blocos de rua no carnaval brasileiro. Comentem e tirem suas
conclusões [conclusões]", escreveu Bolsonaro no Twitter.
Segundo
a Folha de S. Paulo, o vídeo é de um bloco chamado "Blocu", que
desfilou na última segunda-feira (4), no centro de São Paulo. Após mais
de 12 horas de sua publicação, a postagem continuava disponível para os
3,45 milhões de seguidores do presidente na rede social.
Muitos
internautas pediram o impeachment do presidente, com base na lei 1.079
da Constituição Federal, que dispõe sobre os crimes de responsabilidade,
entre eles “proceder de modo incompatível com a dignidade, a honra e o
decoro do cargo”.
Os blocos pelo país foram marcados pelos
protestos contra Bolsonaro, xingado por foliões em diversas cidades.
Além disso, muitas fantasias ironizaram as supostas candidaturas
laranjas do PSL e a relação da família Bolsonaro com Fabrício Queiroz.
No
célebre carnaval de Olinda, o boneco do presidente da República foi
hostilizado pelo público e alvo de latas de cerveja, apesar de também
ter recebido aplausos.
Bolsonaro ainda criticou "dois famosos"
que, segundo ele, acusam o governo de querer acabar com o carnaval, em
referência a Caetano Veloso e Daniela Mercury. Na música "Proibido o
carnaval", os artistas defendem a liberdade sexual, ironizam a ministra
dos Direitos Humanos, Damares Alves, e demonstram apoio ao ex-deputado
Jean Wyllys, que se autoexilou na Europa devido a ameaças de morte.
"Dois 'famosos' acusam o governo Jair Bolsonaro de querer acabar com o
Carnaval. A verdade é outra: esse tipo de 'artista' não mais se
locupletará da Lei Rouanet", escreveu o presidente no Twitter, ao
publicar o vídeo de uma marchinha pró-governo.
(ANSA)
Nenhum comentário:
Postar um comentário