Hacker preso e condenado a 41 anos por planejar massacre ajudou assassinos em Suzano/SP
Os autores do massacre desta
quarta-feira (13/3), que teve 10 mortos e ao menos 23 feridos em Suzano
(SP), pegaram dicas de ataque em massa numa página virtual criada pelo
hacker Marcelo Valle Silveira Mello (foto em destaque), preso em 2012
pela Polícia Federal, acusado de planejar um atentado a estudantes da
Universidade de Brasília (UnB).
De acordo com os investigadores, os responsáveis pela tragédia na Escola Estadual Raul Brasil – Guilherme Taucci Monteiro, de 17 anos, e Luiz Henrique de Castro, 25 – faziam visitas constantes ao fórum Dogolochan, idealizado por Valle há cerca de uma década.
Em 2018, Marcelo Valle foi condenado a 41 anos, 6 meses e 20 dias de prisão, condenado por racismo, ameaça, incitação ao crime e terrorismo por meio da internet.
De acordo com os investigadores, os responsáveis pela tragédia na Escola Estadual Raul Brasil – Guilherme Taucci Monteiro, de 17 anos, e Luiz Henrique de Castro, 25 – faziam visitas constantes ao fórum Dogolochan, idealizado por Valle há cerca de uma década.
Em 2018, Marcelo Valle foi condenado a 41 anos, 6 meses e 20 dias de prisão, condenado por racismo, ameaça, incitação ao crime e terrorismo por meio da internet.
Seis dias antes de entrarem atirando em inocentes no colégio
localizado no interior de São Paulo, Guilherme e Luiz Henrique
publicaram sobre o ataque no Dogolochan. Eles supostamente agradeceram a
ajuda de outros membros e deixaram rastros para avisar internautas
sobre o crime.
Um print mostra o que pode ser um dos atiradores agradecendo DPR, o administrador do Dogolachan, pelos conselhos recebidos.
“Muito obrigado pelos conselhos e orientações, DPR. Esperamos do fundo dos nossos corações não cometer esse ato em vão. […] Nascemos falhos, mas partiremos como heróis. […] Ficamos espantados com a qualidade, digna de filmes de Hollywood”, diz a mensagem.
Outros usuários questionaram se os atiradores eram integrantes do grupo, e a resposta dada por um dos administradores foi positiva.
O fórum extremista é conhecido como um local onde a prática de crimes é abertamente discutida. Tópicos abertos mostram que os dois homicidas pediram dicas de como realizar a barbárie.
Um print mostra o que pode ser um dos atiradores agradecendo DPR, o administrador do Dogolachan, pelos conselhos recebidos.
“Muito obrigado pelos conselhos e orientações, DPR. Esperamos do fundo dos nossos corações não cometer esse ato em vão. […] Nascemos falhos, mas partiremos como heróis. […] Ficamos espantados com a qualidade, digna de filmes de Hollywood”, diz a mensagem.
Outros usuários questionaram se os atiradores eram integrantes do grupo, e a resposta dada por um dos administradores foi positiva.
O fórum extremista é conhecido como um local onde a prática de crimes é abertamente discutida. Tópicos abertos mostram que os dois homicidas pediram dicas de como realizar a barbárie.
Ódio às minorias
Marcelo Valle, que é analista de
sistemas, havia sido preso durante a Operação Bravata, da Polícia
Federal. Os agentes da PF apreenderam com ele um mapa de certa casa de
festas no Lago Sul, onde ocorreria uma confraternização de estudantes de
ciências sociais da UnB. Por esse delito, ficou detido por 1 ano e 6
meses.
Ao ganhar o direito de cumprir o
restante da pena solto, voltou a criar páginas anônimas para atacar e
ameaçar mulheres, negros e homossexuais. Uma delas ensinava como cometer
estupros. Além disso, ele costumava denunciar às autoridades postagens
anônimas produzidas por ele mesmo, a fim de tentar se manter longe de
suspeitas.
Valle também foi condenado a pagar R$ 1 milhão a título de reparação
de danos e ao pagamento de 678 dias-multa. A quantia será destinada a
programas educativos e de combate aos crimes cibernéticos.
Fonte: Metrópoles
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