DONALD TRUMP AMEAÇA ENVIAR 5 MIL MILITARES PARA RESOLVER CRISE NA VENEZUELA
O presidente dos Estados Unidos, Donald
Trump, voltou a dizer na quarta-feira, 13, que “todas as opções estão sobre a mesa” quando o assunto é a crise na Venezuela. Em encontro com o
presidente da Colômbia, Iván Duque, na Casa Branca, Trump deixou em
aberto mais uma vez o quão longe o governo americano pretende chegar
caso Nicolás Maduro não deixe o poder mesmo com a pressão doméstica e
internacional contra seu governo.
“Sempre temos um plano B, C e D,
E, F”, disse Trump aos jornalistas ao ser questionado se há uma
estratégia definida pela Casa Branca para o caso de Maduro não deixar o
poder. Duque, porém, descarta a possibilidade de uma ação militar, que
também enfrentaria resistência do Congresso americano. Na Casa Branca, o
presidente da Colômbia enfatizou o papel do “cerco diplomático cada vez
mais efetivo”.
Trump foi questionado se pretendia enviar 5 mil soldados à Colômbia. Vamos ver”, respondeu. A frase “5 mil soldados para a Colômbia” foi vista no caderno de anotações do assessor para Segurança Nacional dos EUA, John Bolton, durante pronunciamento à imprensa no final de janeiro.
A Colômbia foi um dos primeiros países a
reconhecer o presidente da Assembleia Nacional da Venezuela, Juan
Guaidó, como presidente interino do país, após os EUA terem tomado a
decisão. A Colômbia é um dos países mais afetados pela crise venezuelana
e já recebeu mais de 1 milhão de imigrantes.
Duque afirmou ontem, após a reunião com
Trump, que é preciso transmitir uma mensagem “muito forte à ditadura:
obstruir a entrada de ajuda humanitária é um crime contra a humanidade”.
Com isso, o colombiano indica mais complicações para Maduro no cenário
externo. Em setembro, seis países – entre eles a Colômbia – enviaram ao
Tribunal Penal Internacional (TPI) um pedido de investigação por crimes
contra a humanidade cometidos por Maduro.
Nas palavras de Trump, o bloqueio da
entrada de medicamentos e alimentos enviados por países como EUA e
Canadá foi um “erro terrível” de Maduro e um exemplo do que pode ocorrer
quando maus governantes estão no poder. Em Caracas, o regime chavista
afirma que os EUA pretendem usar a entrada da ajuda humanitária para
promover um golpe de Estado.
Na quarta, Duque afirmou que é preciso
garantir a chegada de ajuda humanitária aos venezuelanos. Em declaração
conjunta, os presidentes de Colômbia e EUA disseram que estão
comprometidos em “adotar passos para solucionar a crise humanitária” na
Venezuela. No comunicado, os dois países dizem ainda que ficam lado a
lado, com “muitas outras nações”, diante do que classificaram como
“provocações do ilegítimo e ex-ditador da Venezuela Nicolás Maduro e
daqueles que trabalham em seu nome para minar a segurança da região”.
Duque permanece nos EUA até sábado. No
primeiro dia de visita, além da reunião na Casa Branca, o colombiano se
reuniu com autoridades políticas americanas, como a presidente da Câmara
dos Deputados, a democrata Nancy Pelosi, e com o embaixador de Guaidó
nos EUA, Carlos Vecchio. O diplomata venezuelano pediu a Duque a
continuidade da pressão da comunidade internacional sobre Maduro.
DROGAS
Na quarta-feira, em um raro momento de tensão no encontro, Trump sugeriu que a Colômbia está atrasada no trabalho de erradicação do cultivo de coca. “Neste momento, não diria que estão cumprindo o programado, mas espero que o façam em algum momento no futuro próximo”, disse Trump.
Na quarta-feira, em um raro momento de tensão no encontro, Trump sugeriu que a Colômbia está atrasada no trabalho de erradicação do cultivo de coca. “Neste momento, não diria que estão cumprindo o programado, mas espero que o façam em algum momento no futuro próximo”, disse Trump.
Em resposta, Duque defendeu o ritmo de
trabalho de seu governo e afirmou que “nos primeiros quatro meses” do
seu mandato foram erradicados 60 mil hectares. “Muito mais do que foi
erradicado nos últimos seis meses”, disse o presidente colombiano.
Fonte: www.curiosobrasil.com.br com
agências internacionais
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