sábado, 2 de fevereiro de 2019

Rodrigo Maia se reelege para presidir Câmara dos Deputados

Reeleito, Rodrigo Maia quer dialogar com todas as siglas para aprovar reformas

O parlamentar teve 334 votos; a votação ocorreu na noite desta sexta-feira (1º)


Reeleito, Maia quer dialogar com todas as siglas para aprovar reformas
Agora, caberá ao carioca tocar a agenda econômica do governo de Jair Bolsonaro (PSL), à qual já se declarou favorável. A reforma da Previdência, por exemplo, deve ser enviada ao Congresso ainda em fevereiro e terá de ser aprovada na Câmara antes de seguir para o Senado, tarefa que não foi possível no governo de Michel Temer.
Em discurso, o democrata prometeu "comandar as reformas de forma pactuada junto com os governadores e prefeitos de todos os partidos políticos". Sobre a aprovação de novas regras de aposentadoria, salientou que "é necessário dialogar com políticos de todas as correntes partidárias, inclusive com a oposição ao governo".
Além disso, terá que lidar com pressões das bancadas temáticas, como a evangélica, ruralista e da bala, para colocar em votação projetos da agenda de costumes do governo, como o Escola Sem Partido. Nesse campo, tem dito nos bastidores que deve segurar propostas.
Para conseguir se eleger pela terceira vez consecutiva, fato inédito na Câmara, Maia contou com o apoio de partidos de todos os lados do espectro político. Fazem parte do bloco centrado em torno do atual presidente da Casa partidos do centrão como PP, PR, PRB, Solidariedade e Podemos, bem como o PSL do presidente Jair Bolsonaro e siglas da centro esquerda, como PDT.
Com o voto secreto, é impossível determinar quais votos vieram de partidos da base do atual presidente e quais partiram de dissidências como de alas do PT e do PSB que, reservadamente, admitiam votar em Maia.
De outro lado, há parte dos partidos do chamado centrão, como o PP, e do próprio PSL, que resistiam à ideia da reeleição e podem ter partido para outro candidato.
Maia se elegeu pela primeira vez em 2016 para um mandato-tampão depois da renúncia do então presidente da Casa Eduardo Cunha (MDB-RJ). Com uma improvável aliança entre setores da esquerda e PSDB e DEM -logo após o impeachment de Dilma Rousseff- chegou à cadeira derrotando o candidato de Cunha, Rogério Rosso (PSD-DF).
Depois, em 2017, enfrentou resistência de adversários que afirmavam que ele não poderia concorrer, já que a Constituição veda a reeleição na mesma legislatura. Venceu, no entanto, a tese de que isso não era aplicável a mandatos-tampão e o parlamentar levou no primeiro turno, com 293 votos.
Também durante o discurso, o presidente da Câmara se emocionou ao agradecer à família, especialmente ao falar sobre o pai, César Maia, vereador e ex-prefeito do Rio.
Política ao Minuto com informações da Folhapress

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