Caso Marielle: suspeitos são presos em operação do Ministério Público e Polícia Civil
Uma
operação do MP-RJ (Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro) e da
Polícia Civil tenta nesta terça-feira (22) prender preventivamente 13
suspeitos de envolvimento com um grupo miliciano que controla
comunidades da zona oeste do Rio de Janeiro.
De acordo com
informações da Record TV, a ação busca localizar envolvidos no
assassinato da vereadora Marielle Franco (PSOL) e de seu motorista,
Anderson Gomes, em março de 2018.
Até o momento, cinco pessoas
foram presas, entre elas um major da Polícia Militar. Lideres
comunitários, que ameaçam os moradores das localidades dominadas para
perpetuar seu poder, também são alvos da operação batizada de “Os
Intocáveis”.
Os denunciados são apontados como integrantes da
milícia que controla as comunidades da Muzema, Rio das Pedras e
adjacências, região reconhecida por ser a primeira com grupo paramilitar
na cidade.
A ação do Gaeco/MP-RJ (Grupo de Atuação Especial de
Combate ao Crime Organizado), em parceira com a Draco (Delegacia de
Repressão às Ações Criminosas Organizadas) e a Core (Coordenadoria de
Recursos Especiais), cumpre os mandados de busca e apreensão nos
endereços dos denunciados e em empresas relacionadas ao grupo.
Segundo
o MP-RJ, os suspeitos seriam responsáveis por grilagem, construção,
venda e locação ilegal de imóveis, além de receptação de carga roubada,
extorsão, pagamento de propina a agentes públicos e agiotagem.
O
órgão ainda destaca a importância da Amarp (Associação de Moradores e
Amigos de Rio das Pedras) para a legitimação e falsa regularização de
imóveis construídos por pessoas envolvidas com o grupo.
Em nota, o
MP-RJ informou que o presidente da Amarp, Jorge Alberto Moreth,
conhecido como “Beto Bomba”, possui informações privilegiadas sobre
operações e ações que afetem seus subordinados ou regiões de domínio do
grupo que é suspeito de fazer parte.
Procurada pelo R7, a Amarp e a Polícia Militar não se pronunciaram até a publicação desta matéria.
R7
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