Padres da Paraíba pagavam por sexo a flanelinhas e coroinhas, diz procurador do Trabalho
O
programa “Fantástico”, da Rede Globo de Televisão, mostrará reportagem,
na noite de hoje, sobre uma condenação inédita no Brasil: a Justiça
mandou a Igreja Católica pagar uma indenização milionária por exploração
sexual de crianças e adolescentes na Paraíba. Na reportagem, cujas
chamadas estão no ar, o procurador do Trabalho Eduardo Varandas Araruna
revela que um grupo de sacerdotes pagava por sexo a flanelinhas e
coroinhas na Paraíba.
Já há algum
tempo têm se sucedido insinuações e denúncias na imprensa nacional sobre
casos de pedofilia envolvendo membros da Igreja Católica da Paraíba.
Não houve, porém, manifestação oficial da Arquidiocese a respeito dos
episódios, subsistindo a versão de que inquéritos estavam sendo
conduzidos em segredo de Justiça. Outras versões indicaram, porém, que
alentados dossiês chegaram ao conhecimento do Vaticano, originando
determinação explícita do papa Francisco para apuração rigorosa dos
fatos e providências com caráter punitivo.
No
período em que Dom Aldo Pagotto atuou como arcebispo metropolitano da
Paraíba, as denúncias e insinuações se acentuaram em órgãos da imprensa.
O religioso acabou sendo afastado da Arquidiocese, tendo passado a
residir em Fortaleza, no Ceará. Num primeiro momento, dom Aldo Pagotto
foi substituído por um administrador episcopal, ocorrendo a posteriori a
designação oficial de dom Manoel Delson Pedreira da Cruz como novo
arcebispo da Arquidiocese da Paraíba. Ele tem tomado providências
internas, mas não tem se envolvido em polêmicas públicas a respeito de
temas controversos.
Entretanto, a
imprensa mundial destaca que está em curso uma cruzada deflagrada pelo
papa Francisco desde que foi investido como Pontífice com a renúncia de
Bento XVI para punir casos de pedofilia no âmbito da Igreja em vários
países. A preocupação teria se tornado urgente devido a escândalos de
repercussão em dioceses de centros urbanos dos Estados Unidos, em que a
Igreja foi obrigada pela Justiça a fazer acordos na base do pagamento de
indenizações milionárias a vítimas de assédio e práticas sexuais de
religiosos.
Fonte: Os Guedes
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