Justiça condena Arquidiocese da Paraíba a pagar R$ 12 milhões por exploração sexual
A
Justiça do Trabalho condenou a Arquidiocese da Paraíba a pagar uma
indenização de R$ 12 milhões por casos de exploração sexual contra
menores de idade praticados por padres e até o arcebispo emérito do
Estado, Dom Pagotto, é apontado como um dos envolvidos no escândalo.
O
caso foi repercutido na noite deste domingo (20), no Fantástico, da
Rede Globo, que ouviu testemunhas do caso, entre ex-seminarista que
conta ter sido abusado aos 17 anos de idade, uma senhora, que denunciou o
caso, e o procurador do trabalho, Eduardo Varandas
Varandas
explicou que o MPT apurou denúncias que havia inserido dentro da
sistemática católica um grupo de sacerdotes de forma habitual que
pagavam por sexo a flanelinhas, a coroinhas e também a seminaristas.
Para
Varandas, o processo está em segredo de justiça, ele está impedido de
revelar alguns elementos concretos e o que ocorreu na instrução do
processo, mas explicou que a característica da exploração sexual
praticada pelos padres.
“Nesse caso, o pagamento às vítimas podia ser feito em dinheiro ou até em comida”, enfatizou.
Uma
vítima afirmou que havia relações sexuais e que se envolveu com três
padres, que já estariam afastados de suas funções. Segundo o jovem, os
abusos também aconteciam através de palavras e toques em suas partes
íntimas.
Entre as testemunhas do caso, o Fantástico também ouviu
um empresário, dono de um restaurante, católico, que também denunciou os
casos após desabafos das vítimas.
“O primeiro falou comigo
chorando, contou que tinha decidido sair da igreja porque um dia tava na
casa paroquial e o padre Jaelson pediu que o menino passasse óleo nele
durante o banho. O garoto tinha entre 14 e 15 anos. O outro coroinha que
veio falar comigo disse que teve um relacionamento com o padre dos 14
até os 21 anos”, disse em depoimento.
Um funcionário da Catedral,
que trabalhou lá por mais de 30 anos, já tinha flagrado um padre tendo
relações sexuais com um menor dentro de igreja e da entrada de meninos
para dormir com padres em um quarto atrás da catedral.
“Os meninos
iam embora de manhã cedo. Ele pagava lanches para os meninos e também
dava roupas para eles como um agrado”, afirmou.
No caso de Dom
Aldo Pagotto, Segundo o Ministério Público, ele teria agido para
acobertar os crimes dos sacerdotes e também de ter tido relações sexuais
com jovens da Capital paraibana.
MaisPB
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