Ex-presidente do BNDES disse que empréstimos para Cuba e Venezuela foram erro
O ex-presidente do BNDES, Dyogo Oliveira, afirmou que
foi um erro o banco ter concedido empréstimos a Cuba e à Venezuela no
passado, pois hoje está claro que esses países não tinham condições de
honrar seus compromissos.
O saldo devedor dos empréstimos somam cerca de US$ 1 bilhão, e os dois países estão com prestações em atraso, segundo Oliveira.
“Há
uma crítica a esses empréstimos e até diria que, olhando hoje, que fica
claro que eles não tinham condição de pagar. Provavelmente não deveriam
ter sido feitos e agora temos que ir atrás do dinheiro para receber“,
declarou Oliveira a jornalistas, após participar de evento no Rio.
Dyogo Oliveira teve reuniões com representantes do governo
cubano para tratar do tema. Segundo ele, Cuba tem três parcelas em
aberto com o BNDES que juntas somam US$ 17,5 milhões. O saldo devedor
cubano é de aproximadamente US$ 600 milhões.
O
presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social
frisou que a solução para a volta da adimplência de Cuba não passa
obrigatoriamente pela reestruturação da dívida.
“Eles
tem se mostrado solícitos e adeptos a buscar soluções, mas alegam que
por conta de questões climáticas e financeiras não têm tido capacidade
de honrar totalmente os pagamentos, eles têm feito são pagamentos
parciais”, disse ele a jornalistas em evento da Associação Brasileira da
Indústria de Química Final (Abifina). “Discutimos alternativas que
ainda não podemos revelar”, adicionou
A
carteira de exportação do BNDES totaliza aproximadamente US$ 10 bilhões
e a inadimplência Cuba e Venezuela não preocupa para os resultado do
banco, frisou Dyogo Oliveira.
“O volume disso em relação a carteira do banco é pequeno e não é preocupante”, destacou.
Fonte: G1
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