Lama de barragem em Brumadinho destrói área equivalente a 377 campos de futebol
Dados preliminares foram divulgados pelo Ibama (Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis)
© reuters / Adriano Machado
Dados preliminares
fornecidos pelo Ibama (Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e Recursos
Naturais Renováveis) nesta quarta-feira (30) mostram que o rompimento da barragem da Vale na Mina do Feijão, em Brumadinho, devastou ao menos 204 hectares de mata. Para comparação, a área é equivalente a 377 campos de futebol.
No total, a área atingida pelos rejeitos de mineração foi de
no mínimo 270 hectares. A análise foi realizada Centro Nacional de
Monitoramento e Informações Ambientais, do Ibama, a partir de dados de
satélite.
Segundo
o órgão ambiental, os rejeitos de mineração devastaram 133,3 hectares
de vegetação nativa de Mata Atlântica e 70,7 hectares de áreas de
proteção permanente ao longo de cursos d'água afetados pela lama que
verteu da barragem.
O estudo foi realizado no trecho da barragem da mina Córrego do Feijão até a confluência com o rio Paraopebas.
Foram comparadas imagens de satélite obtidas dois dias após o rompimento com imagens de 3 e 7 dias antes da catástrofe.
A
área afetada pelos rejeitos nas margens do rio Paraopeba não foi
estimada até o momento em razão de nuvens nas imagens de satélite.
Nos
próximos dias o Ibama concluirá laudo técnico com a avaliação
preliminar sobre os impactos ambientais causados pelo rompimento da
barragem em Brumadinho. No sábado (26), o instituto aplicou uma multa de
R$ 250 milhões a Vale por crimes ambientais. A tragédia, ocorrida na
sexta-feira (25), já deixou 99 mortos; 259 pessoas estão desaparecidas.
Brasil ao Minuto com informações da Folhapress
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