'Não consigo dormir', diz ambientalista que votou contra barragem de Brumadinho
Maria Teresa Corujo foi a única pessoa a votar contra a ampliação das atividades na região do rio Paraopeba, que inclui a mina Córrego do Feijão, operada pela Vale
© REUTERS/Adriano Machado
A ambientalista Maria Teresa
Corujo, de 59 anos, disse ao UOL que não consegue dormir direito desde
que a barragem da Mina do Feijão se rompeu, na última sexta-feira (25).
"Não consigo dormir. Fico pensando nas pessoas soterradas",
afirmou ela, que é angolana de nascimento, mas vive em Belo Horizonte
desde 1997.
Maria
Teresa atua na defesa de comunidades afetadas pela atividade mineral no
estado há quase vinte anos. Em dezembro de 2018, ela foi a única
integrante do CMI (Câmara de Atividades Minerárias) do Copam (Conselho
Estadual de Política Ambiental) de Minas Gerais a votar contra a
ampliação das atividades na região do rio Paraopeba, que inclui a mina
Córrego do Feijão, operada pela Vale.
Segundo o UOL, seu voto solitário não impediu a aprovação do licenciamento.
A ambientalista disse que as empresas que atuam na região
"escolheram" não aprender as lições deixadas pela tragédia em Mariana
(MG), que causou a morte de 19 pessoas. "Não é nem uma questão de ter
aprendido ou não. Eles escolheram de forma muita consciente não fazer o
que tem que ser feito", afirmou.
Notícias ao Minuto
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