quarta-feira, 16 de janeiro de 2019

Açude Timbaúba: depósito do lixão de Tavares e cemitério de peixes

SITUAÇÃO EXTREMAMENTE CRÍTICA DO AÇUDE QUE ABASTECE JURU ATORMENTA POPULAÇÃO DA CIDADE

Muito embora não sejam menos graves os demais problemas que atormentam a população de Juru, no Sertão da Paraíba, é extremamente crítica e precária a situação do abastecimento d'água, cujo reservatório que atualmente abastece a cidade se encontra no volume morto há alguns meses, com menos de 5% do seu volume total e considerado impróprio para consumo humano desde o ano passado. 
Monitorado pela Agência Executiva de Gestão das Águas do Estado da Paraíba - AESA, a atual situação já havia sido alertada pelo órgão desde o ano passado, cujo manancial foi construído pelo governador Wilson Braga para ser usado em culturas irrigáveis. 
Com capacidade de armazenamento para 15.438.572 de metros cúbicos, o reservatório passou a abastecer a cidade após o Glória II (açude do Jorge) entrar em colapso total, resultado de uma das piores secas que o Nordeste e o Brasil já enfrentaram, após uma estiagem que se estendeu por mais de cinco anos seguidos.   
Diante da situação atual, ultimamente chega a faltar água nas torneiras em alguns locais durante mais de trinta dias, sem que o consumidor sequer disponha de um copo do precioso líquido para beber - e, muito menos, para outras  finalidades -, enquanto a conta chega todos os meses.
Foto do Glória II (açude do Jorge), em 2015, com capacidade de volume comprometida naquela época 
Se em 2013, no entanto, ano da estiagem prolongada que fez secar totalmente o Glória II, que tem capacidade de 1.349.980 de metros cúbicos, foi difícil transferir o sistema adutor para o Açude Timbaúba, muito mais difícil tem sido levá-lo de volta, já que aquele reservatório desde o inverno do ano passado acumula água suficiente para atender a demanda enquanto não chove.
Diga-se de passagem que, enquanto a população sofre as consequências da falta de abastecimento, caminhões pipa contratados pela prefeitura retiram água limpa do Glória II com a finalidade de aguar grama e plantas das praças públicas, como se elas fossem mais importantes do que a sede humana.
Lixão da cidade de Tavares, localizado às margens da rodovia PB - 306, onde são despejados resídios de toda espécie, inclusive lixo hospitalar, que são levados pela correnteza das chuvas para o Açude Timbaúba
Outrossim, não bastasse a situação calamitosa do Timbaúba por conta dos metais pesados ali existentes desde os primeiros plantios feitos às suas margens, todos os dias pescadores utilizam tarrafas e redes de arrasto para pegar os peixes que agonizam na lama, deixando a água que ainda resta muito mais barrenta e suja, além do impacto ambiental causado pelo lixão da cidade de Tavares que é levado pela correnteza das chuvas em épocas de inverno, como agora.
Para completar, pasmem! De acordo com informações, recentemente um cavalo morreu atolado na lama e ali mesmo foi comido pelos urubus, 
Dizer mais o quê, hein!
Foto do Açude Timbaúba, em 2004, último ano em que as chuvas foram suficientes para fazer o manancial sangrar

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