Sete adultos são presos e quatro adolescentes apreendidos após atentados no Ceará
Grupo é suspeito de participar de ações criminosas ocorridas desde a noite desta quarta-feira
© Lucy Nicholson/Damir Sagolj
A Secretaria de
Segurança Pública e Defesa Social do Ceará divulgou boletim na noite de
hoje (3) contabilizando que sete adultos foram presos e quatro
adolescentes foram apreendidos por suposta participação em ações
criminosas ocorridas desde a noite desta quarta-feira em Fortaleza e
região metropolitana.
Segundo a secretaria, ocorreram nove crimes contra patrimônios
públicos e uma tentativa de incêndio contra um posto de combustíveis.
Foram registrados disparos de arma de fogo contra uma agência bancária.
As
forças de segurança contabilizam que seis veículos que fazem o
transporte coletivo, em Fortaleza e Região Metropolitana, tiveram perda
total após incêndios criminosos. Em nota, o Sindicato das Empresas de
Transporte de Passageiros do Estado do Ceará informou que dez ônibus
foram incendiados. Uma bomba também danificou a pilastra de um viaduto
na cidade de Caucaia, próxima à Fortaleza.
Em
comunicado à imprensa, o comandante-geral da Polícia Militar do Ceará
(PMCE), coronel Alexandre Ávila, disse que “todo o sistema de contenção e
emergência da segurança pública já foi montado desde a madrugada e está
plenamente ativo. Os transportes públicos vêm sendo acompanhados e
monitorados (...) com policiamento em todos os corredores bancários e em
todos os terminais de ônibus”.
De acordo com a presidente do
Conselho Penitenciário do Ceará, Ruth Leite, as ações foram recrutadas
por facções criminosas. “Em mensagens via WhatsApp, associados das
facções foram convocados a participar dos atentados”.
Os atos
seriam em represália à diretriz anunciada pela Secretaria Estadual de
Administração Penitenciária de remanejar e juntar presos independente
das facções. No Ceará há 135 cadeias públicas e 12 penitenciárias.
Apenas um presídio não está sob domínio de nenhuma das três facções que
atuam no estado.
Conforme dados do Ministério da Justiça e da
Segurança Pública (Infopen), em junho de 2016 haviam 34.566 pessoas
presas, 33 mil acima da capacidade prisional, sendo que mais de 65%
delas não tinham sido condenadas pela Justiça.
Notícias ao Minuto com informações da
Agência Brasil
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