sexta-feira, 14 de dezembro de 2018

Trágico desfecho da trajetória política de Lula

O FIM TRISTE DE LULA, CONSIDERADO 'O CARA' POR BARACK OBAMA



O filósofo Michel de Montaigne escreveu, invocando Sêneca, que a natureza criou um só meio de entrar na vida, mas cem de sair dela. Algo semelhante se aplica ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. O petista que, em 2009, no auge da forma e da popularidade, foi considerado “o cara” pelo ex-presidente dos EUA Barack Obama, poderia ter escolhido diversas maneiras de se despedir da vida pública. Preferiu a pior delas – debaixo da pecha de corrupto. 
Em uma decisiva quarta-feira, por 3×0, os três desembargadores do Tribunal Regional Federal da 4ª Região, João Pedro Gebran Neto, Leandro Paulsen e Victor Laus, numa sentença de impecável rigor técnico, não só confirmaram como agravaram a pena imposta a Lula por Sergio Moro, de nove anos e seis meses para doze anos e um mês de prisão. 
Ante uma improvável guinada processual como o PT queria, sua prisão logo ocorreu. Foi quando findou o prazo para o exame do derradeiro recurso à disposição da defesa de Lula. A Justiça Eleitoral não se dobrou às indecentes pressões do PT, que pretendia imprimir o nome de Lula na cédula eleitoral, desejo mais acalentado por ele.
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Nos termos da letra fria da lei, tão logo transitado em julgado o processo em segunda instância, Lula tornou-se um cidadão incapaz de homologar sua candidatura, por qualquer que fosse a legenda que ousasse abrigá-lo. Portanto, Lula ficou inelegível a poucos meses de ter seu mandado de prisão expedido, e assim caminhou célere rumo ao trágico desfecho de sua trajetória política. 
Um vaticínio se cumpriu: aquele cara, “o cara”, acabou. Virou um cadáver político insepulto. Poderia ter sido diferente, mas como dizia Ulysses Guimarães: “o mal de Lula é que ele gosta de viver de obséquios”. Lula, de fato, viveu de obséquios, atraído pelo aconchego e atalhos fáceis do poder. E para alcançar e se manter no poder, Lula mandou às favas todos os escrúpulos que um dia jurou ter. O tríplex no Guarujá, motivo de sua condenação, foi uma das facilidades das quais ele não abriu mão, mesmo após ter deixado o Planalto. Deu no que deu.
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Dia “D” da prisão 
Um dos sintomas de que a prisão do petista estava mesmo próxima foram as movimentações na Polícia Federal. Dentro da corporação, agentes se prepararam para o dia “D”. Havia preocupações de como iriam agir. A ordem era para que tudo fosse conduzido da maneira mais sóbria possível. Por exemplo, o uso de camburão estava totalmente descartado, para não gerar imagens que pudessem servir de combustível para a estratégia de vitimização do PT. A partir do momento em que o juiz determinou a execução da pena, a PF procurou os advogados do ex-presidente para acertar data e hora da apresentação no local da detenção. A expectativa era de que houvesse sensibilidade para o acordo. A ideia era não arriscar a integridade física dos envolvidos naquilo que já estava sendo chamado internamente na PF de “A Operação”.
Ante ao público, o petista tentava  exibir entusiasmo. Esforçava-se para não fraquejar frente à militância que ainda lhe restava. Amigos mais íntimos, no entanto, reconheceram que o ex-presidente havia “baqueado” com a acachapante derrota no TRF-4. Tanto que Lula nem acompanhou o julgamento até a batida derradeira do martelo. Acomodado numa salinha do Sindicato dos Metalúrgicos, em São Bernardo do Campo, levantou-se logo depois do segundo voto, de Leandro Paulsen. Minutos antes, nutrido de arroz, feijão e carne de panela, revelou aborrecimento ao ouvir a explosão de fogos de artifício, numa prévia da comemoração da derrota que àquela altura se avizinhava.
Fonte: César Weis - (IstoÉ)

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