Delação de Palocci deve arrastar Banco Central, Receita Federal e Caixa para escândalos
O PT começa a se preparar para o furacão
Antonio Palocci. E essa movimentação não é exclusividade da legenda. Há
no cenário econômico quem diga que, para se vingar daqueles que o
abandonaram dentro de seu partido, Palocci vai abordar a relação com
grandes instituições financeiras e jogará na roda ainda o Banco Central e
a Receita Federal.
Palocci é considerado peça-chave pelos
investigar para ajudar a entregar as peças que faltam, por exemplo, na
Operação Conclave, que investiga a compra de ações do Banco
Panamericano, em 2009, pela Caixapar, uma subsidiária da Caixa Econômica
Federal.
Em 2011, primeiro ano do governo Dilma
Rousseff, no qual Palocci ficou alguns meses como ministro da Casa
Civil, o BTG Pactual, de André Esteves, entrou no negócio. Comprou a
participação do grupo Sílvio Santos no Banco Panamericano. A Caixapar
investiu R$ 740 milhões no Panamericano e, dois anos depois, foi a vez
do BTG, o que levou a PF a realizar ação de busca e apreensão em
representantes das duas instituições em abril deste ano, dentro da
Operação Conclave.

Enquanto o mundo dos negócios ferve, o PT aguarda. O partido
considera que passou a fase de tentar evitar a delação do ex-ministro,
uma vez que todos os emissários falharam nessa missão.
Os petistas têm se desdobrado na tribuna
da Câmara e do Senado no sentido de reverberar a falta de provas. O
senador Lindbergh Farias, por exemplo, ficou mais de uma hora na tribuna
do Senado, na última quinta-feira, se referindo ao depoimento de Lula
como uma farsa montada pelo juiz Sérgio Moro para expor o ex-presidente.
Em relação a Palocci, ele ainda não montou o discurso. É preciso
esperar para ver o que o ex-ministro vai falar.
Em conversas reservadas, outros petistas
têm dito que Palocci tem um arsenal para provocar estragos. Afinal,
enquanto ministro de Lula no primeiro mandato e coordenador da campanha
eleitoral de Dilma em 2010, ele fez muitas pontes com o mercado
financeiro para abastecer os cofres petistas. O partido, porém, acredita
que ele pode provocar também estragos entre os empresários apoiadores
do governo de Michel Temer, de forma a distribuir o desgaste.

Fonte: http://www.em.com.br
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