Em carta, Marcola ameaça matar promotor caso seja transferido de São Paulo
Mensagens estavam com duas mulheres que foram presas após deixarem a Penitenciária 2 de Presidente Venceslau

© Jorge Santos
Duas mulheres foram presas
na tarde deste sábado (8) após serem flagradas deixando a Penitenciária 2
de Presidente Venceslau, no interior de São Paulo, com cartas contendo
ordens dos chefões do PCC para o assassinato de duas pessoas, entre elas
um promotor de Justiça.
De acordo com as mensagens, essas mortes devem ocorrer caso a
transferência dos chefes da facção para presídios federais se
concretizem nos próximos dias -entre eles o chefão do grupo, Marco
Camacho, o Marcola.
O alvo principal do ataque seria o promotor
Lincoln Gakiya, responsável por esse pedido, e que investiga há anos o
crime organizado. O outro alvo seria um dos coordenadores da SAP na
região de Presidente Venceslau, onde estão reunidos esses criminosos.
Uma
das mensagens foi apreendida com a mulher do preso que divide cela com
Marcola, o que leva as autoridades a acreditarem que partiu do próprio
chefão do PCC essa ordem de ataque.
Segundo informações de pessoas ligadas ao promotor, Gakiya recebeu reforço de escolta desde a noite de sábado.
A
Folha apurou que serviços de inteligência do governo paulista já tinham
detectado ordem semelhante em conversas de presos do PCC.
O
promotor pediu a transferência dos chefes da facção após um plano de
resgate ser detectado pelo setor de inteligência da SAP (Secretaria da
Administração Penitenciária) de São Paulo.
O pedido seria feito em
conjunto com os secretários da Segurança, Mágino Alves Barbosa Filho, e
da Administração Penitenciária, Lourival Gomes. Com o recuo da gestão
Márcio França (PSB) nesse acordo, Lincoln acabou fazendo a solicitação
sozinho e aguarda decisão da Justiça.
Pelo plano descoberto, a
ideia dos criminosos era usar um exército de mercenários para arrebatar
os presos dessa unidade, incluindo Marcola.
Em razão dele, a
Polícia Militar enviou para Venceslau um grande aparato policial,
incluindo tropas de elite, como Rota e COE (operações especiais).
Os detalhes desse possível resgate tornaram-se públicos pelo deputado
federal e senador eleito Major Olímpio (PSL) que desde a semana passada
também passou a andar sob escolta armada após descoberta de serviços de
inteligência do governo também detectarem risco de ataque contra ele.
Notícias ao Minuto com informações da Folhapress
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