Ministério Público Federal quer limitar acesso de Fernando Haddad ao ex-presidente Lula

Foto: autor desconhecido
O Ministério Púbico Federal quer
limitar que Fernando Haddad tenha acesso ao ex-presidente Luiz Inácio
Lula da Silva, que é mantido como preso político em Curitiba. Na
manifestação do MPF, o procurador regional Januário Paludo, que atua na
força-tarefa da Operação Lava Jato, destaca que Haddad – que disputou a
eleição presidencial de outubro pelo PT, somente deverá visitar Lula na
sede da Polícia Federal em Curitiba como amigo e não mais como advogado.
Com a restrição, Haddad só poderia se encontrar com o ex-presidente às
quintas-feiras e com período de tempo delimitado.
Haddad foi incluído como advogado de
defesa do ex-presidente em julho. Na época, Lula, que ainda estava
colocado como pré-candidato, pediu que Haddad fosse instituído como um
de seus advogados de defesa “com plenos e gerais poderes”, embora já
fosse citado como uma alternativa caso Lula fosse impedido de disputar o
pleito pela Justiça Eleitoral. Em manifestação enviada à juíza Carolina
Lebbos, a defesa observou que Haddad deve permanecer atuando junto aos
advogados que defendem o ex-presidente.
“A despeito do encerramento do
processo eleitoral, há pendências jurídicas relativas ao sufrágio em
trâmite perante instâncias nacionais e internacionais que também serão
acompanhadas por Fernando Haddad na condição de advogado”, justificou a
defesa. Para Paludo, contudo, a procuração que incluiu Haddad como
defensor pede que “sejam tomadas todas as medidas administrativas e
judiciais com o objetivo de assegurar os direitos do outorgante [Lula]
na condição de pré-candidato a presidente da República”. Ainda segundo
ele, “tal situação deixou de existir com a impugnação da candidatura do
apenado [Lula], razão pela qual perdeu o objeto da procuração outorgada,
devendo Fernando Haddad limitar-se às visitas sociais”.
Ainda conforme a manifestação do
procurador, o MPF entende que a possibilidade de Lula conceder
entrevistas deve ser negada sob a alegação de que o ministro do Supremo
Tribunal Federal (STF) Luiz Fux já havia tomado uma decisão sobre o
assunto na qual determinou que o ex-presidente “se abstenha de realizar
entrevista ou declaração a qualquer meio de comunicação, seja pela
imprensa ou outro veículo destinado à transmissão de informação para o
público em geral”.
Por Brasil 247
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