Criminalista renuncia à defesa de Michel Temer: ‘incompatibilidade legal e moral’
O criminalista
Antônio Cláudio Mariz de Oliveira renunciou à defesa do presidente
Michel Temer. A decisão foi tomada pelo famoso advogado em consonância
com o presidente. Os dois vinham conversando já há algumas semanas e
chegaram a um entendimento sobre a renúncia do advogado.
Impedimento legal e ético é o motivo da saída de Mariz.
Temer
é alvo de três acusações formais da Procuradoria-Geral da República e
de mais cinco inquéritos em curso na Polícia Federal.
O
impedimento surgiu a partir do momento em que foram arroladas
testemunhas de acusação contra Temer que o próprio Mariz já havia
defendido em outras ações. Uma delas é o doleiro Lúcio Funaro, delator
de do presidente.
Um dos processos mais delicados que o emedebista
enfrenta é o decorrente do inquérito dos Portos – acusado de
supostamente pegar propinas de empresas do setor portuário em troca de
um decreto editado em maio do ano passado.
Desde que Temer virou
alvo do cerco da Procuradoria e da PF, inclusive no episódio da delação
do empresário Joesley Batista, do grupo J&F, após a emblemática
reunião no Jaburu, Mariz vem se empenhando na defesa do presidente. Eles
são amigos há muitas décadas.
Mariz protagonizou capítulo
fundamental da defesa do emedebista no célebre embate na Câmara, quando
duas denúncias do ex-procurador-geral da República Rodrigo Janot foram
enterradas.
A reportagem do jornal O Estado de S. Paulo apurou
também que, ao longo desse período, Mariz se sentiu incomodado com
intromissões de aliados de Temer. O criminalista não admite ingerências
em seu método de trabalho e nas teses que defende. Mas, pessoas próximas
do presidente vinham reiteradamente se manifestando sobre as
investigações, o que causou desgastes.
Fonte: Estadão - Publicado por: Larissa Freitas
Nenhum comentário:
Postar um comentário