Petrobras reduz em mais de 3% o preço da gasolina nas refinarias para esta quarta-feira e amanhã
A
Petrobras reduziu em 3,14% o preço da gasolina nas refinarias. Com
isso, o preço do litro do produto passará de R$ 1,6616 para R$ 1,6094
entre esta quarta-feira (14) e amanhã (15). Na terça-feira (13), a
empresa manteve o preço inalterado.
A redução acontece em meio à queda nos preços do petróleo nos mercados internacionais.
Em
março deste ano, a estatal mudou a forma de anunciar os reajustes e
passou a divulgar preços do litro da gasolina e do diesel vendidos pela
companhia nas refinarias e não mais os percentuais.
A
Petrobras adota novo formato na política de ajuste de preços desde 3 de
julho do ano passado. Pela nova metodologia, os reajustes acontecem com
maior periodicidade, inclusive diariamente.
Desde
o início da nova metodologia, o preço da gasolina nas refinarias
acumula alta de 22,64% e, o do diesel, valorização de 56,61%, segundo a
agência Reuters.
Repasse para os consumidores
O
repasse dos reajustes da Petrobras nas refinarias aos consumidores
depende dos distribuidores – ou seja, fica a cargo dos postos repassar
ou não a baixa do preço da gasolina ao consumidor final.
Em 30 dias, a redução do preço da gasolina nas refinarias chega a 24%, mas nas bombas o valor ainda recuou pouco.
Na
semana passada, o valor médio para o consumidor final caiu 1,08%, de R$
4,709 para R$ 4,658, segundo pesquisa da Agência Nacional do Petróleo,
do Gás Natural e dos Biocombustíveis (ANP). Segundo o levantamento
semanal de preços, o valor médio para o consumidor final foi de R$ 4,709
para R$ 4,658 – o que representa um recuo de 1,08%.
Em
2018, o valor médio da gasolina nas bombas acumula alta de 13,63%. A
variação é maior que a inflação esperada para o ano todo, de 4,4%
segundo o relatório Focus, do Banco Central.
Os donos
de postos argumentam que a significativa diferença entre o preço
cobrado nas refinarias e nas bombas se deve aos custos de custos de
distribuição, impostos elevados e margem de lucro dos postos.
Diesel
Quanto
ao diesel, a Petrobras informou em outubro que o preço médio nas
refinarias e terminais cairia 10,1% em relação ao preço médio de
comercialização vigente à época. O preço do diesel, então, passou de R$
2,3606 para R$ 2,1228 o litro. A vigência do novo valor vai até 28 de
novembro.
A
Petrobras informou nesta quarta-feira (14) que recebeu na véspera o
montante de R$ 1 bilhão relativos à subvenção econômica para a
comercialização de óleo diesel, acertada com o governo federal após a
greve dos caminhoneiros, em maio.
O
montante se refere ao primeiro período da terceira fase do programa,
que foi de 1º a 30 de agosto, e à atualização monetária de valores já
recebidos.
Uma
das principais reivindicações dos caminhoneiros era a redução no preço
do combustível. O preço foi estabelecido conforme metodologia da Agência
Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), em resolução
de agosto. A Petrobras informou que continuará a análise econômica do
programa de subvenção para os períodos subsequentes.
Como é formado o preço da gasolina?
Os
valores praticados pela Petrobras são aproximadamente um terço (30%) do
preço pago pelo consumidor nos postos, conforme os cálculos da estatal,
que levam em conta a coleta de preços entre os dias 28 de outubro e 3
de novembro em 13 regiões metropolitanas do país.
Cerca de 44% são tributos, sendo 29% ICMS, recolhido pelos Estados, e 15% Cide e PIS/Cofins, de competência da União.
Os
tributos federais são cobrados como um valor fixo por litro – o de
Pis/Cofins, por exemplo, é de R$ 0,7925 por litro de gasolina; a Cide,
de R$ 0,10 por litro. O ICMS, por sua vez, é um percentual sobre o preço
de venda – ou seja, cada vez que ele sobe, os Estados recolhem mais
impostos.
Do
restante da composição do preço final, 12% é o custo do etanol, que,
por lei, deve compor 27% da gasolina comum, e outros 14% corresponde aos
custos e lucro dos distribuidores e postos de gasolina. Em maio, esta
última fatia era de 12%, o que sugere um aumento nas margens de lucro
destes agentes.
G1
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