Ministro do Superior Tribunal de Justiça manda soltar Joesley Batista e Ricardo Saud
O
ministro Nefi Corderio, do Superior Tribunal de Justiça, determinou a
soltura dos colaboradores Joesley Batista, Ricardo Saud, Florisvaldo
Oliveira e Demilton Castro, ligados ao Grupo J&F, presos na semana
passada pela Polícia Federal, na Operação Capitu. A decisão atende ao
pedido da defesa.
A Polícia Federal informou que instaurou um
inquérito policial em maio deste ano, baseado em declarações do corretor
Lúcio Bolonha Funaro, sobre supostos pagamentos de propina a servidores
públicos e agentes políticos que atuavam direta ou indiretamente no
MAPA em 2014 e 2015. Segundo o delator, a JBS teria repassado R$ 7
milhões para o grupo político do PMDB da Câmara. Desse valor, o então
ministro da Agricultura e atual vice-governador de Minas Gerais, Antônio
Andadre, teria recebido R$ 3 milhões da propina paga pela empresa de
Josley Batista e outros R$ 1,5 milhão teriam sido enviados ao
ex-deputado Eduardo Cunha.
A PF identificou que o grupo
empresarial dependia de normatizações e licenciamentos do MAPA e teria
passado a pagar propina a funcionários do alto escalão do Ministério em
troca de atos de ofício, que proporcionariam ao grupo a eliminação da
concorrência e de entraves à atividade econômica, possibilitando a
constituição de um monopólio de mercado. As propinas eram negociadas,
geralmente, com um deputado federal e entregues aos agentes políticos e
servidores do MAPA pelo operador Lúcio Bolonha Funaro.
Estadão
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